domingo, 16 de fevereiro de 2025

O Diálogo entre Ciência e Fé




Nas brumas do tempo, dois gigantes se encontram

Freud e Newton, mentes brilhantes em debate

Sobre os mistérios da alma e do universo

Que tanto nos inquietam e nos abalam


Freud, com seu olhar cético e analítico

Vê na religião uma ilusão persistente

Inimiga feroz do progresso científico

Que acorrenta o homem a crenças decadentes


Newton, por sua vez, mergulha na cronologia

Buscando nas escrituras sagradas a verdade

Enquanto Freud o adverte sobre a futilidade

De buscar na fé o que pertence à ciência


Mas eis que surge uma confissão inesperada

Freud revela sua amizade com um pastor

E o temor que sentia ao expor suas ideias

Sobre a ilusão que ele via na religião


Ambos concordam, em sua sabedoria

Que a fé e a ciência habitam mundos distintos

Onde uma floresce, a outra se retrai

Como lua e sol em eterna dança celestial


Três funções da religião eles reconhecem

Explicar o inexplicável, Consolar a alma aflita

E regular as relações entre os homens,

Mas seu futuro, eles preveem, é incerto.


Newton e Freud, em sua visão compartilhada

Veem na infância a chave da sobrevivência da religião

Pois o cérebro jovem, maleável e inocente

É terreno fértil para sementes de crença


Os líderes religiosos, astutos em sua missão

Compreendem bem esta vulnerabilidade

E plantam cedo suas doutrinas e verdades

Moldando mentes antes que a razão desperte


Aqueles que controlam o ensino das crianças

Detêm o poder de moldar o futuro da fé

Determinando o destino das gerações vindouras

E perpetuando a crença em um ser divino


Assim, neste diálogo imaginário entre Freud e Newton

A infância torna-se o campo de batalha silencioso

Onde se decide o futuro das crenças humanas

Num mundo cada vez mais influenciado pelas Big Techs.

MONTANARI