Nas brumas do tempo, dois gigantes se encontram
Freud e Newton, mentes brilhantes em debate
Sobre os mistérios da alma e do universo
Que tanto nos inquietam e nos abalam
Freud, com seu olhar cético e analítico
Vê na religião uma ilusão persistente
Inimiga feroz do progresso científico
Que acorrenta o homem a crenças decadentes
Newton, por sua vez, mergulha na cronologia
Buscando nas escrituras sagradas a verdade
Enquanto Freud o adverte sobre a futilidade
De buscar na fé o que pertence à ciência
Mas eis que surge uma confissão inesperada
Freud revela sua amizade com um pastor
E o temor que sentia ao expor suas ideias
Sobre a ilusão que ele via na religião
Ambos concordam, em sua sabedoria
Que a fé e a ciência habitam mundos distintos
Onde uma floresce, a outra se retrai
Como lua e sol em eterna dança celestial
Três funções da religião eles reconhecem
Explicar o inexplicável, Consolar a alma aflita
E regular as relações entre os homens,
Mas seu futuro, eles preveem, é incerto.
Newton e Freud, em sua visão compartilhada
Veem na infância a chave da sobrevivência da religião
Pois o cérebro jovem, maleável e inocente
É terreno fértil para sementes de crença
Os líderes religiosos, astutos em sua missão
Compreendem bem esta vulnerabilidade
E plantam cedo suas doutrinas e verdades
Moldando mentes antes que a razão desperte
Aqueles que controlam o ensino das crianças
Detêm o poder de moldar o futuro da fé
Determinando o destino das gerações vindouras
E perpetuando a crença em um ser divino
Assim, neste diálogo imaginário entre Freud e Newton
A infância torna-se o campo de batalha silencioso
Onde se decide o futuro das crenças humanas
Num mundo cada vez mais influenciado pelas Big Techs.
MONTANARI