sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Dia do Perdão?

Hoje fiz  compras numa grande loja de materiais de construção. Na hora de pagar, uma atendente simpática me perguntou se eu poderia assinar a “petição” para criação do Dia do Perdão.

Li e vi que a proposta era da família Ota que teve seu filho, Ives Ota, de 8 anos assassinado pelos sequestradores, ex-seguranças do pai...

Recordei na hora que o pai havia perdoado os sequestradores e inclusive havia visitado um deles na prisão.

NÃO ASSINEI.

Respeito a atitide e as convicções religiosas do sr. Ota.  Eu jamais perdoria um assassino.

Existem pessoas que estão num nível tão primitivo que não merecem ser considerados seres humanos. Eles não têm respeito algum pela vida. Não conseguem entender que a vida é uma coisa tão preciosa, tão rara, que deveria ser adorada.

São tão primitivos e nocivos à sociedade que não merecem perdão. Não podemos tratar os desiguais como iguais.

Se queremos que valores ligados a vida e ao respeito pelo próximo façam parte da nossa cultura, desvios não podem ser tolerados ou perdoados, pelo contrário, devem ser punidos consistentemente.

Um dos grandes problemas da nossa cultura é o “jeitinho”, a tolerância, a excessiva complacência com desvios. Tolerância zero ao crime, seja ele praticado por um viciado em craque, um banqueiro milionário ou político carismático. As regras do jogo são clara e para todos. A punição, infelizmente, não. Porque perdoamos