Liberdade é um conceito moderno e incompreendido por muitos.
Num futuro, não muito distante (estarei vivo para presenciar?), todas as atuais amarras religiosas, políticas e sociais que nos impedem de viver livremente, na sua plenitude, cairão por terra.
A sociedade será menos hipócrita e ignorante.
As religiões não mais serão necessárias e desaparecerão.
O bairrismo, o territorialismo e o conceito primitivo de nação serão sobrepujados pelo conceito mais amplo de “Ser Humano”.
Deixaremos de adorar símbolos, que tentam representar a grandiosidade que é viver, para simplesmente vivermos e sentirmos, livremente, como uma parte privilegiada deste universo (que somos) que tem consciência de sua existência fugaz.
Esta ânsia primitiva de querer marcar território, de possuir, de consumir deixará de ser a força motriz que move a sociedade, deixará de ser a expressão motivadora da existência humana.
O ser (o sentir, o viver, o ver, o entender) prevalecerá ao ter.
Discussões sobre a eutanásia, como no recente caso da italiana Eluana, que foi obrigada a ficar 17 anos vivendo em estado vegetativo, contra sua vontade, não mais existirão.
Casos como da americana, Terri Schiavo, 15 anos presa a equipamentos, enquanto recursos judiciais iam e vinham, e um grupo de pessoas se achava com autoridade moral para decidir se ela teria ou não o direito de uma “boa morte, morte doce, morte sem dor nem sofrimento” (eutanásia) serão lembrados como exemplo da ignorância e hipocrisia de uma época.
Todas as pessoas terão o direito de decidir sobre suas vidas e como desejam morrer. O sistema funcionará para assegurar as liberdades de escolhas.
O aborto será legalizado e embora raro, será aceito sem ressalvas.
Como temos muito a caminhar e aprender!
Como sociedade ainda não aprendemos a respeitar a vida e não entendemos o significado da sua grandiosidade.