Na teia da existência, o sofrer persiste,
Schopenhauer nos diz, não há como fugir
Mas eis que surge a arte, uma luz que insiste,
E a música, encontramos um meio de emergir.
Notas dançam no ar, transportando o tempo,
A melodia nos eleva, além da vontade.
Cada acorde é um portal, um novo alento,
Que nos liberta da dor, da realidade.
Ó música divina, meu refúgio sagrado!
Tuas harmonias nos levam a contemplar,
Um mundo onde o sofrer é pausado,
E nossas almas podem enfim respirar.
Na sinfonia da vida, és alívio puro,
Que acalma a mente, silencia o lamento.
Por breves momentos, sonhamos o futuro,
Onde a dor se dissolve no eterno momento.
Assim, na partitura do existir humano,
A música é mais que som, é salvação.
Um escape efêmero, mas soberano,
Que traz paz ao meu inquieto coração.
Montanari