O arcebispo de Olinda e Recife, Jose Cardoso Sobrinho, considera o aborto um crime mais grave do que o estupro de uma menina de 9 anos. Segundo ele, os médicos que realizaram “este crime" (aborto legal) merecem ser excomungados (pena máxima aplicada pela igreja), enquanto que o padrasto, o estuprador, merece o perdão, pois se “arrependeu” dos 3 anos de abuso...
Será que, pelo fato da violência sexual contra menores ser “um crime menor” e bastar “o arrependimento sincero” para se obter o “perdão da igreja”, que muitos padres que praticaram abusos sexuais contra crianças estão ainda na ativa? (protegidos pelo expediente do "arrependimento & perdão")
Segundo o New York Times, em 2007, a arquidiocese de Los Angeles aceitou pagar 660 milhões de dólares a mais de 500 vítimas de abusos sexuais cometidos por padres desse bispado, uma soma significativa no escândalo de pedofilia que atinge desde 2002 o clero dos Estados Unidos.
Em 2004 a diocese de Orange (Califórnia) pagou 100 milhões de dólares para encerrar 90 processos e, em 2005, a também californiana Oakland entregou 56 milhões a suas 56 vítimas.
Em 2006 a diocese de Convington (Kentucky) pagou 84 milhões de dólares a 350 vítimas de abusos.
Será que não já não passou da hora da igreja católica rever seus conceitos, permitir o casamento de padres, incentivar mulheres no exercício do sacerdócio e abandonar práticas da Idade Média?
A Igreja existe para servir, ou se serve para continuar a existir?