"Precisamos de uma paz desarmada."
Assim nos fala a sabedoria do papa Leão XIV.
Uma verdade cortante para o nosso tempo,
engasgado em conflitos, tenso e armado.
A paz verdadeira não se apoia no medo,
não se constrói sobre pilhas de poderio.
Ela se ergue na confiança mútua,
no respeito inegociável à dignidade humana.
É preciso uma rendição radical,
uma paz desarmada e desarmante.
Não basta soltar as armas das mãos.
É imperioso desarmar o espírito,
silenciar a retórica de ódio
que nos envenena a alma.
Indivíduos e nações,
somos chamados ao diálogo construtivo,
a priorizar a justiça para todos,
transcendendo credos e afiliações fugazes.
O Fracasso da Razão!
Guerra e conflito são a mais clara falência da razão humana.
O espelho quebrado de nossa incapacidade
de resolver disputas de forma civilizada.
Russell e Einstein nos gritaram a escolha:
ou renunciamos à guerra,
ou arriscamos a própria extinção.
Vejam Gaza, o retrato devastador da brutalidade.
Mais de sessenta e sete mil almas silenciadas,
vinte e duas mil crianças perdidas.
Feridos em massa, sequelas permanentes.
A fome como arma,
atingindo noventa por cento de um povo,
é o abismo da desumanização.
Chegou a hora da Revolução!
Revolução da Consciência!
A voz de Cristo clama por um desafio:
amor incondicional, não-retaliação.
Embainha a espada, diz ele a Pedro.
Uma alternativa poderosa à fúria do mundo.
Para combater a cultura da guerra,
urge uma revolução pacífica da consciência.
Nas democracias,
o voto carrega o peso da mudança.
Comprometer-se a não votar em
Políticos que apoiam a morte,
Políticos que financiam guerras,
quem lucra com os arsenais.
Parece utopia? Talvez.
Mesmo os supostos Cristãos falham em ouvir a paz.
Mas o esforço deve ser persistente, coletivo.
Somente assim,
com esforço firme e não violento,
o ideal da paz desarmada
poderá ser mais que um sonho distante,
poderá ser uma realidade tangível para nós.
MONTANARI
