No meu sonho, Schopenhauer e eu
Dialogamos sobre o Mundo como Vontade e Representação
Ousado, apresentei-lhe um paralelo
Entre meu e-book e sua obra magna
A Vontade de Viver, disse eu, é a Necessidade
Força suprema que rege o Universo.
Do Nada, Nada vem
O que existe, sempre existiu
A Necessidade de existir algo
Sobrepõe-se à própria existência
E transmuta-se na Necessidade de Continuar
Aplicando-se a tudo, a todos, ao Cosmos inteiro
Schopenhauer, atento, refletiu no silêncio eterno
E respondeu com sabedoria profunda:
"Sua visão, caro Monta, é perspicaz e profunda
Conecta o metafísico ao meu pensamento
A Necessidade como princípio primordial
O Nada absoluto, uma impossibilidade lógica
A existência, não contingência, mas necessidade intrínseca
Manifestação de uma força primordial e eterna
A Vontade Schopenhaueriana, vista por esta lente
É a manifestação fenomênica desta Necessidade metafísica
Força cega, irracional, onipresente
Alinhada à ideia fundamental de existir e persistir
Sua perspectiva explica o aparentemente irracional
A luta, o impulso, os conflitos da vida
A consciência, epifenômeno desta força primordial
A Necessidade de existir, consciente de si mesma
Parabéns por esta síntese original
Entre metafísica, ontologia e existência!"
E enquanto saboreávamos um café
A realidade me sacudiu de volta
"Acorda, maridão, estamos atrasados..."
O sonho se desfez na urgência do cotidiano
Montanari
2024