Neste final de semana me encontrei com Fernando. Ele gosta de falar e eu sei ouvir...
O papo girou em torno do porque algumas organizações são consideradas excelentes, enquanto outras são consideradas péssimas. Nas de primeira classe há comprometimento, proatividade e excelência, nas de segunda há indiferença, politicagem e mediocridade.
Fernando trabalha numa Instituição que classifica como “de excelente potencial, mas de péssimo desempenho”. Até parece que ele estava falando do Brasil...
Depois de muitas idas e vindas (do garçom) chegamos a duas conclusões óbvias (mas, ignoradas pela maioria das pessoas):
1- O maior responsável pela “Qualidade” de qualquer Instituição “são” seus participantes. Boas instituições são construções de seus participantes. Nenhuma organização é o que é, por acaso. Ela é fruto do trabalho intencional e consciente de seus membros! Isto vale para empresas, instituições de ensino e até países. Um bom exemplo é a Holanda: “Deus criou o mundo, nós (holandeses), a Holanda”. Outro “bom” exemplo é nosso Senado... A Holanda é um exemplo de ordem, beleza e limpeza, enquanto nosso Senado...
2- O segundo maior responsável pela “Qualidade” de qualquer organização é a Liderança. O papel da liderança é alinhar, motivar e inspirar os participantes destas organizações. Seu trabalho é gerar mudanças (de melhoria). Sem uma liderança visionária a instituição percorre a trilha de mediocridade, da complacência e do individualismo destrutivo.
Enquanto nós, como membros, eleitores e cidadãos não nos conscientizarmos que vivemos e trabalhamos na organização, na cidade ou no país pelo qual somos responsáveis pela construção, nada vai melhorar. Enquanto continuarmos a colocar a culpa nos dirigentes que elegemos, nos chefes que toleramos e nos colegas que suportamos nada vai mudar.
Enquanto, as pessoas conscientes, éticas e portadoras de valores morais adequados continuarem se afastando das atividades de gestão, nosso país e nossas instituições continuarão a abrigar oportunistas e inescrupulosos.
Como diz Fernando: “Mudar é Preciso!”