sábado, 30 de maio de 2009

Somos responsáveis pelas organizações que pertencemos


Neste final de semana me encontrei com Fernando. Ele gosta de falar e eu sei ouvir...

O papo girou em torno do porque algumas organizações são consideradas excelentes, enquanto outras são consideradas péssimas. Nas de primeira classe há comprometimento, proatividade e excelência, nas de segunda há indiferença, politicagem e mediocridade.

Fernando trabalha numa Instituição que classifica como “de excelente potencial, mas de péssimo desempenho”.  Até parece que ele estava falando do Brasil...

Depois de muitas idas e vindas (do garçom) chegamos a duas conclusões óbvias (mas, ignoradas pela maioria das pessoas):

1-      O maior responsável pela “Qualidade” de qualquer Instituição “são” seus participantes. Boas instituições são construções de seus participantes. Nenhuma organização é o que é, por acaso. Ela é fruto do trabalho intencional e consciente de seus membros! Isto vale para empresas, instituições de ensino e até países. Um bom exemplo é a Holanda: “Deus criou o mundo, nós (holandeses), a Holanda”.  Outro “bom” exemplo é nosso Senado...  A Holanda é um exemplo de ordem, beleza e limpeza, enquanto nosso Senado...

2-      O segundo maior responsável pela “Qualidade” de qualquer organização é a Liderança. O papel da liderança é alinhar, motivar e inspirar os participantes destas organizações. Seu trabalho é gerar mudanças (de melhoria). Sem uma liderança visionária a instituição percorre a trilha de mediocridade, da complacência e do individualismo destrutivo.

Enquanto nós, como membros, eleitores e cidadãos não nos conscientizarmos que vivemos e trabalhamos na organização, na cidade ou no país pelo qual somos responsáveis pela construção, nada vai melhorar. Enquanto continuarmos a colocar a culpa nos dirigentes que elegemos, nos chefes que toleramos e nos colegas que suportamos nada vai mudar.

Enquanto, as pessoas conscientes, éticas e portadoras de valores morais adequados continuarem se afastando das atividades de gestão, nosso país e nossas instituições continuarão a abrigar oportunistas e inescrupulosos.

Como diz Fernando: “Mudar é Preciso!”

terça-feira, 12 de maio de 2009


Eram 8 horas da noite em Whalley, uma cidadezinha inglesa próxima a Manchester, quando uma turma de adolescentes começou a chegar para comemorar o aniversário de Peter, o filho mais novo de meu amigo J.P. Cornell.

Fiquei pouco tempo, primeiro porque não havia sido convidado, e segundo porque estava de passagem por aquelas bandas e só havia parado para rever  um antigo colega de trabalho. Mas, fiquei o suficiente para presenciar um fato incrível e digno de nota.

Cada jovem que entrava, pegava um copo descartável (para tomar cerveja) e, antes de qualquer coisa, anotava seu nome no copo com uma caneta de ponta porosa!

Não acreditei no que vi. Perguntei pro Cornell, o que estava  acontecendo, e ele me respondeu como se fosse a coisa mais natural do mundo.  “Sinal dos novos tempos: muita cerveja, muito sexo e poluição mínima...”.

Será que está surgindo uma nova geração preocupada com o meio ambiente?

O que aconteceu em Whalley é o prenúncio de que MUDAR é possível!

Em várias escolas e instituições públicas da Europa existem cartazes com os dizeres: “MUDE. Você controla o clima. Reduza. Desligue. Recicle. Ande a pé.” 

O Parlamento Europeu elegeu as mudanças climáticas como prioridade e está investindo pesado na eduação ambiental  da nova geração.

Quanto tempo levará para chegar até nós?  Não sei, mas um dia a vida e o meio ambiente serão respeitados e cultuados neste país.

Nosso maior obstáculo é a mentalidade dos atuais políticos que estão se lixando para a opinião pública e dando exemplos deploráveis aos nossos futuros líderes de como maximizar o benefício pessoal se utilizando do sistema público.

Para mudar a situação temos que acrescentar “uma coisinha” no slogan adotado pelo meu amigo inglês: “Reduza. Desligue. Recicle. Ande a pé. Tome cerveja. Faça sexo.  MUDE . NÃO REELEJA NINGUÉM!”