Max de Pree disse que devemos deixar “uma herança” por onde passamos.
Por herança, ele se referia a nossa marca pessoal, nossos valores, nossas ações e atitudes que influenciam outros de maneira positiva (tanto na vida pessoal como profissional).
A morte de alguém sempre me fez refletir sobre este “dever” de tentar deixar “uma herança” para não sermos esquecidos.
Três casos recentes. Três situações diferentes. O mesmo questionamento: Se eu pudesse voltar no tempo, tentaria ser uma pessoa diferente?
Acácia, Margarida e Hortência se foram.
Acácia, amada e popular, viveu e morreu cercada por muitas pessoas. Seus 42 pares de sapatos e as dezenas de bolsas foram doados. Sensação estranha esta de sentir como vivemos acreditando que precisamos de tantas coisas... Carrego comigo todos os meus bens?
Margarida, respeitada e tolerada, viveu e morreu cercada por algumas poucas pessoas da família. Trabalhava para se manter ocupada. Não tinha tempo para olhar, ver e sentir o céu estrelado ou a beleza de uma tarde chuvosa. Inutilidades?
Hortência, incompreendida e impopular, viveu e morreu sozinha. Seu corpo foi descoberto uma semana após sua morte. Amigos? Se estou feliz e alinhado com meus valores, o que importa o resto do mundo?
Não dá para avaliar a grandiosidade de uma vida pela morte.
Cada um é único e fruto de suas possibilidades e, principalmente escolhas.
Não vai fazer a menor diferença para mim, quando eu me for, muitas ou nenhuma lágrima... mas, neste momento, enquanto vivo, os sorrisos e abraços são importantes !
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