quinta-feira, 26 de março de 2009

Construtoras, Castelos & Políticos


Alguém neste País acredita que não exista nenhuma relação entre construtoras e políticos?

Alguém acredita que não exista superfaturamento ou favorecimento a uma ou outra empresa, nas obras contratadas pelas prefeituras, governos estadual ou federal?

Alguém acredita que os serviços pagos pelas empresas públicas, neste País, sejam os mais baratos possíveis?

Quem pode aceitar um senado que tem 81 senadores e mais de 6.000 funcionários apadrinhados? Quem pode confiar num senado que não percebe quão absurdas são as nomeações de diretores, parentes e aspones?

Quem pode acreditar em políticos que elegeram como presidente do conselho de ética, um deputado com o histórico de José Araujo e, que ainda defende “penas alternativas” para evitar cassações?  

Meus Deus, ESTE PAÍS NÃO É SÉRIO MESMO. Os políticos já perderam o senso do ridículo. Como conseguem?

Apesar de tudo, ao contrário do que muitos pensam, Brasil tem jeito!

Não seremos eternamente conhecidos no exterior como o País do carnaval, do futebol, das prostitutas, da violência e da corrupção. Temos muita gente boa e bem intencionada, que não perdeu a capacidade de se indignar e que não aceita o status quo.

Essas pessoas precisam, cada vez mais, se manifestar, se expor e assumir cargos públicos.

Os meios de comunicação são as armas da democracia. Vamos usá-las! 

segunda-feira, 16 de março de 2009

Bônus e o privilégio da minoria


O que está acontecendo na seguradora americana AIG tem alguma semelhança com o que acontece aqui no Brasil em muitas instituições?

Será que é MORALMENTE ACEITÁVEL uma minoria se beneficiar, em detrimento de uma grande maioria?

Será que é MORALMENTE ACEITÁVEL saber de alguma coisa e fazer que não temos nada com isto?

Como a Diretoria da AIG, que realizou 61 Bilhões de dólares de prejuízo no quarto trimestre de 2008, não tem vergonha de tentar explicar o pagamento (hoje) de 165 milhões de dólares de bônus para um pequeno grupo de funcionários?

Justificativa?

A empresa precisa reter os melhores talentos para poder se recuperar...

Qual deve ser a reação do povo?

Boicotar os produtos da empresa? Protestar publicamente? Cobrar a demissão de toda a diretoria?

Nossos políticos falaram recentemente em aumentar o próprio salário, pagaram horas-extras nos meses de recesso... O que é isto, senão mais um exemplo da prática usual de privilegiar uma minoria em detrimento de uma grande maioria? Isto é uma prática tão comum, que nem achamos indecente!

Só vejo uma maneira de eliminarmos as injustiças geradas por gestores corruptos, antiéticos e imorais: o uso da informação como forma de pressão coletiva, quer seja para não permitir a reeleição de políticos sem-vergonha ou para boicotar produtos e empresas antiéticas.

Na “Era Digital”, preservar a imagem é questão de sobrevivência: “Pisou na bola, a informação se torna pública”!

O lema: “Consumidor (Eleitor, Cidadão) informado, jamais será vencido” se tornará uma realidade em nosso País e o grande público irá se manifestar...

Até lá, “coragem colega” e “boca no trombone digital”!

domingo, 8 de março de 2009

08 de Março, Dia Internacional da Mulher, reflexão e desilusão

O arcebispo de Olinda e Recife, Jose Cardoso Sobrinho, considera o aborto um crime mais grave do que o estupro de uma menina de 9 anos.  Segundo ele, os médicos que realizaram “este crime" (aborto legal) merecem ser excomungados (pena máxima aplicada pela igreja), enquanto que o padrasto,  o estuprador,  merece o perdão, pois se “arrependeu” dos 3 anos de abuso...  

Será que, pelo fato da violência sexual contra menores ser “um crime menor” e bastar “o arrependimento sincero” para se obter o “perdão da igreja”, que muitos padres que praticaram abusos sexuais contra crianças estão ainda na ativa? (protegidos pelo expediente do "arrependimento & perdão")

Segundo  o New York Times, em 2007, a arquidiocese de Los Angeles aceitou pagar 660 milhões de dólares a mais de 500 vítimas de abusos sexuais cometidos por padres desse bispado, uma soma significativa no escândalo de pedofilia que atinge desde 2002 o clero dos Estados Unidos.

Em 2004 a diocese de Orange (Califórnia) pagou 100 milhões de dólares para encerrar 90 processos e, em 2005, a também californiana Oakland entregou 56 milhões a suas 56 vítimas.

Em 2006 a diocese de Convington (Kentucky) pagou 84 milhões de dólares a 350 vítimas de abusos.

Será que não já não passou da hora da igreja católica rever seus conceitos, permitir o casamento de padres, incentivar mulheres no exercício do sacerdócio e abandonar práticas da Idade Média?

A Igreja existe para servir, ou se serve para continuar a existir?