A viagem foi tranqüila.
O único incidente foi que a mala da Marlene chegou 10 longos minutos depois da minha. Pareceu uma eternidade. Como o tempo é relativo...
No saguão de saída vi um senhor de chapéu preto com uma placa escrito: “Montanari”.
Chego mais perto e me surpreendo: “Fernando! Que bom te ver...”
Ele veio nos buscar, pois queria nos dar logo a notícia:
“Não será desta vez que vocês se encontrarão com a Carolina. Ela teve que participar de um seminário na Suíça e não retorna antes de vocês estarem de volta ao Brasil... Mas, não se preocupem. Para compensar, para o aniversário do Monta, eu reservei 3 lugares num bistrô muito legal e bastante concorrido, tem apenas 8 mesas... Uma pena que não posso ficar com vocês nestes próximos 4 dias, mas vocês não sentirão minha falta... No dia 05 pego vocês as 19h no hall de entrada do hotel para jantarmos. OK?”
Realmente, os 4 dias passaram voando.
Nem ouso falar sobre o encanto desta cidade. Depois de Woody Allen (Meia Noite em Paris) quem consegue retratá-la de forma mais intrigante e romântica? Não dá para não gostar daqui.
Às 7hs do noite, pontualmente, ainda com o sol mostrando sua cara, lá estava Fernando com seu chapéu preto (que peguei para mim). Quinze minutos depois, estacionamos numa viela ao lado da “Rue Saint-André-des-Arts” e após andarmos um pouco chegamos a uma antiga porta rústica, verde e enorme. Acima se lia “Nymphéas du Giverny”.
Estava fechada para o espanto de todos nós!
“As luzes estão apagadas, parece não ter ninguém... Não tem problema”. Disse para tentar amenizar a situação. “Por aqui tem tantos lugares legais para jantarmos”.
“Não é possível, eu fiz a reserva”, esbraveja Fernando. “Vamos bater na porta. Veja! Tem uma moto aqui, talvez o dono esteja lá dentro” .
Assim que ele bate, a porta se abre e as luzes se acendem : “Surprise”! As mesas estavam todas ocupadas e numa delas Carolina, seu marido e seu filho!
No alto, vejo uma faixa: Monta: Joyeux anniversaire, félicitations et courage!
Que coisa, nunca pensei que fosse me emocionar tanto...
Foram 4 horas fantásticas. Um rito de passagem inesquecível... quem diria que fazer 60 seria tão empolgante...
Na verdade, meu aniversário foi só uma desculpa para o Fernando reunir o grupo que fará a Rota 66, de moto, em Julho... mas, da forma com que ele planejou e organizou o encontro, valeu. Eu senti como se tudo fora feito para mim...
Afinal, como diz meu amigo: “A imaginação tem mais valor do que o conhecimento...”.
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