Um amigo meu, mestre em economia pela FGV, ex-diretor de multinacional me confidenciou uma discussão que teve com seu filho adolescente e militante de um partido político:
“Não sei o que fazer. Ele não me escuta, não respeita meu ponto de vista e parece que tudo que defendo, ele faz questão de ser contra”.
Ele me falou que sua esposa chora ao ler os posts do filho no Face e no Twitter.
"Que poderia eu dizer para ele, senão:
Coragem! Essa nova geração está tentando participar e isso faz parte do crescimento”.
Segundo ele, é ai que reside "a beleza e a fragilidade da democracia!"
(gostei da frase).
“Um voto do meu filho, que ainda nem fez 18 anos, que não viveu o suficiente, que não leu o suficiente, que nunca trabalhou para se sustentar, um voto dele vale tanto quanto o meu, que estudei, que trabalhei, que viajei a negócios pelo mundo… um voto dele vale tanto quanto o meu que ralei para apreender macro e micro-economia, que contratei e demiti muitas pessoas, que administrei projetos de fechamento e de expansão de empresas…”
Interrompi meu amigo para dizer:
“M., eu entendo seu ponto de vista. Sou professor. Para mim, só existe uma saída: a Educação!
Através da disseminação de valores e práticas que deram certo na Gestão Pública as pessoas irão entender qual o caminho para a melhoria da qualidade de vida.
O seu filho, que pensa diferente de você, quer o que a maioria das pessoas que se manifestam querem, a melhoria na qualidade de vida. Infelizmente, nem todos optam pelo caminho mais efetivo. Faz parte do aprendizado e da democracia…
Como você mesmo disse, ai que reside a beleza e a fragilidade da democracia… erros acontecem no caminho da descoberta e temos que entender… dê espaço para ele. ”
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