Lendo “A Sociedade do Espetáculo” do filósofo Guy Debord cheguei a conclusão que “Penso, logo existo” de Descartes pode ser substituído por “Postei (no Face), logo existo”.
Para aqueles que nunca leram Debord um pequeno trecho para reflexão.
"Toda vida das sociedades nas quais reinam as condições modernas de comunicação se anuncia como me imensa acumulação de espetáculos.
Tudo que era diretamente vivido se esvai na fumaça da representação.
As imagens fluem desligadas de cada aspecto da vida e fundem-se num curso comum, de forma que a unidade da vida não mas pode ser restabelecida.
A realidade considerada parcialmente reflete em sua própria unidade geral um pseudo mundo à parte, objeto de pura contemplação. A especialização das imagens do mundo acaba numa imagem automatizada, onde o mentiroso mente a si próprio. O espetáculo em geral, como inversão concreta da vida, é o movimento autônomo do não-vivo.
O espetáculo é o mesmo tempo parte da sociedade, a própria sociedade e seu instrumento de unificação.
Enquanto parte da sociedade, o espetáculo concentra todo o olhar e toda consciência.
Por ser algo separado, ele é o foco do olhar iludido e da falsa consciência; a unificação que realiza não é outra coisa senão linguagem oficial da separação generalizada.
O espetáculo não é um conjunto de imagens, mas uma relação social entre pessoas, mediatizada por imagens.
O espetáculo não pode ser compreendido como abuso do mundo da visão ou produto de técnicas de difusão massive de imagens.
O Espetáculo é a a visão cristalizado do mundo."
As redes sociais mudaram o meu mundo…
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