Eu: "Motta, por que nossos amigos parecem tão distantes?
Olhos antes brilhantes, agora opacos de certeza".
Motta: "Ah, vejo a mesma tristeza em você.
Eles se enredaram em teias invisíveis,
Nos grupos de WhatsApp ecoam apenas uma voz".
Eu: "Como gotas d'água iguais,
Formando poças estagnadas de pensamento".
Motta: "Sim, e nessas poças, as ideias não fluem.
Crescem extremas, polarizadas, como plantas sem poda".
Eu: "Vejo nossos queridos se calando,
Engolindo dúvidas para não perturbar o grupo".
Motta: "E assim, suas mentes adormecem,
Sonâmbulas na escuridão do consenso forçado".
Eu: "Que triste! Onde está a faísca da criatividade?
A chama da solução que nasce do debate?"
Motta: "Extinta, Monta. Sufocada pela mesmice.
Precisamos de ar fresco, de ventos diversos, novos inputs!”
Eu: "Como quebrar essas bolhas, meu amigo?
Como salvar aqueles que se afogam em suas próprias certezas?"
Motta: "Com coragem, Monta. Coragem para questionar.
Para estender a mão além de nosso círculo confortável".
Eu: Para ouvir vozes dissonantes, questionadoras
E encontrar harmonia e sabedoria na diversidade".
Motta: "Sim! Pois só assim crescemos.
Só assim nos tornamos verdadeiramente sábios
Evitando os perigos do pensamento de grupo e da polarização”.
Eu: "Sim. Então vamos, Motta! Vamos romper essas teias!
Libertar mentes, reacender o brilho nos olhos de nossos amigos".
Motta: "E quem sabe, Monta, nessa jornada,
Descobriremos também novos horizontes em nós mesmos.
Como diria meu poeta: “Questionar é preciso”.
Montanari
31/10/2025

