Fernando voltou. Ficou 42 dias acampado em Jordão na Amazônia. Segundo ele, o objetivo “desta extravagância” foi o de vivenciar as convicções sobre o aprendizado do zoólogo Allan Wilson.
Para ser sincero, acredito que inventou uma boa desculpa para ficar tanto tempo pescando... De qualquer forma, a experiência que compartilhou conosco foi excepcional.
Apesar de tanta gente ainda acreditar na teoria criacionista (mas isto é outra história, veja “Deus, um delírio”, de Richard Dawkins), os seres vivos evoluem.
Tudo se passa como se possuíssem uma espécie de “relógio genético” inserido nos seus genes. Claro que nós, humanos, somos a espécie do “relógio” mais rápido.
Sabe qual é a segunda espécie mais evoluída?
A dos pássaros canoros!
Sim, esta espécie de pássaro teve uma evolução muito mais rápida do que prega a teoria tradicional: “as mudanças só ocorrem entre gerações, na medida em que as espécies bem-sucedidas se reproduzem com mais freqüência e a nova geração leva a frente os novos genes mais bem-sucedidos”.
Allan Wilson demonstrou que o comportamento daquela espécie, e não as mudanças ambientais, era a principal força propulsora da evolução !!!
Fernando, pescando e meditando ou meditando e pescando, fez uma associação muito interessante entre “ecologia” e “a liderança nas instituições”.
Se o objetivo é evoluir e crescer, as instituições precisam adotar um “comportamento” adequado!
O relógio da evolução depende mais do “comportamento institucional interno” do que do “meio ambiente”. Sem liderança visionária nenhuma instituição (empresa, universidade ou mesmo uma cidade) evolui.
Segundo, Fernando (plagiando Wilson), as instituições com relógio acelerado possuem 3 características:
1) Inovação: a capacidade ou potencial de inventar novos comportamentos, de desenvolver novas habilidades que lhes permitam explorar melhor o ambiente que vivem.
2) Propagação social: Toda instituição tem inovadores. A liderança precisa criar condições propicias para que haja uma comunicação, transmissão efetiva para toda a comunidade.
3) Mobilidade: A liderança precisa criar condições para que os indivíduos tenham a capacidade de se movimentar e fazer uso das novas habilidades. A forma mais efetiva disto ocorrer é o desenvolvimento do trabalho em equipes. O pensamento e o comportamento territorial é o maior símbolo do primitivismo institucional. É a opção pelo relógio que leva a extinção.
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