New Keukenhof – 05/04/2408
Caminhando pelo parque, admirando as tulipas ao som de Stoiewisk sentimos o significado desta data histórica...
E pensar que há poucos séculos atrás a vida era bem diferente.
Países ricos com mais de dois terços da população de obesos e barrigudos, não por problemas genéticos, mas por problemas culturais, por apego a valores decadentes, egoístas e centrados no consumismo e individualismo. Países pobres com grande parte da população de viciados, subnutridos e ignorantes. Convicções religiosas levavam a guerras, ou a alienação ou a exploração da população. Ignorância, fé religiosa, falta de visão sistêmica era cultuada e mantida como instrumento de manipulação por vários credos e governos.
A humanidade era tribal, cultuava deuses diferentes, doutrinas políticas diferentes e identidades nacionais diferentes. Os interesses eram “nacionais”, “regionais”, “partidários” e segregados por agrupamentos religiosos diferentes...
Os sonhadores da época se perguntavam:
Quantos torcedores mais serão mortos por policiais despreparados? Quantas crianças mais serão violentadas e mortas por animais considerados e julgados como humanos? Quantas pessoas mais serão vítimas de motoristas bêbados e irresponsáveis? Quantas pessoas mais morrerão de câncer de pulmão por ignorância e irresponsabilidade social? Quantos crimes mais ficarão impunes por sistemas judiciários obsoletos, leis medíocres, políticos inconseqüentes e demagogos? Quantas mortes mais causadas por menores viciados em crack continuarão impunes? Quantos negros mais morrerão pela fome ou pela AIDS na África até que se perceba? Quantos mais morrerão em nome de um deus justo, misericordioso e todo poderoso? Quanto mais serão mortos em nome de interesses nacionais? Quantas gerações de “poetas” e “sonhadores” serão necessárias para mudar o “stuts quo”?
A adolescência da humanidade, caracterizada pela ignorância, arrogância, egoísmo e enorme poder de autodestruição, não durou muito.
O amadurecimento custou caro: bilhões de vidas e centenas de anos para reconstrução da nova civilização.
A luta pela sobrevivência do pouco que restou privilegiou o fim do culto a deuses mesquinhos, egoístas e injustos; contribuiu para o fim da cultura do ter, do consumismo e individualismo institucional; e o mais importante, marcou o surgimento de uma população resiliente de adoradores da vida, marcou o fim dos barrigudos, dos subnutridos, dos viciados, dos políticos corruptos e das religiões.
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