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segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025

RUMO AO SOL DA MEIA NOITE

 Décimo Nono Dia: Katrineholm

    O trajeto de Arkersund a Katrineholm foi também muito tranquilo. Boas estradas, céu azul e muito verde, aliás uma constante na Suécia. 


    Quando planejei a viagem pensei em parar 2 dias em Estocolmo. Eu iria direto de Vastervik a Estocolmo, sem desviar o caminho para Husquarvna e Arkesund.    Mas, isto me impediria de visitar a fábrica da motocicleta dos meus sonhos… 

    Então, preferi fazer um desvio a oeste para passar em Husqvarna e depois subir até Askersund e Katrineholm usando estradas secundárias.   Foi uma ótima decisão.


    Valeu pelo visual do trajeto, pela tranquilidade das estradas e principalmente por ter tido a oportunidade de visitar a antiga fábrica da Husqvarna, hoje transformada num belo museu… Não me arrependi.

    Katrineholm é uma cidade industrial com cerca de 20 mil habitantes. No passado, Ericsson e Scania representaram, por muito tempo, a força motriz da cidade. Hoje muitos dos moradores trabalham em Estocolmo cujo acesso de trem é relativamente fácil.

    Aproveitei o final de tarde para rodar pelos bairros da cidade. 

    O que senti? Que seria mais feliz se vivesse aqui. 

    Depois, lembrei de Walt Whitman:  


    Meu poeta disse que somos do tamanho do que vemos, e eu quero ver mais. Preciso ver mais para continuar existindo…

    Preciso me enriquecer com experiências, desenvolver minha imaginação, colecionar recordações enquanto ainda há tempo, porque um dia, não conseguirei mais viajar, nem sentir a alegria de viver, então por que continuar?

    E, só para me contrariar, meu poeta sussurra na minha mente:


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Capítulo 20  do meu ebook: 

Rumo ao Sol da Meia Noite

Relato dos 88 dias de uma viagem solitária de triciclo pela Europa para ver o Sol da Meia Noite no extremo norte da Noruega, mais precisamente em NORDKAPP.

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terça-feira, 10 de maio de 2022

SOL DA MEIA NOITE

 


Viajar só é preciso. 

O destino? 

Qualquer que seja este destino, esta jornada será sempre um encontro consigo mesmo. 

Foi o que aconteceu comigo quando, sentado lá em Nordkapp, no chão,  ouvindo as músicas que amo e vendo o sol da meia noite! 

Tive a oportunidade de refletir como foi importante para mim aquela viagem solitária de triciclo. 

Como me sentiria se nunca conseguisse realizá-la? 

Depois dos 65, a consciência da morte me afetou de forma muito profunda. Senti a necessidade de me libertar da rotina e dedicar o maior tempo possível para realizar aqueles sonhos sufocados pelos compromissos cotidianos: 

-Uma longa viagem solitária; 

-Percorrer o Caminho de Santiago novamente; 

-Ver a Aurora Boreal; 

-Visitar a Universidade de Uppsala na Suécia para apaziguar a mágoa de não ter utilizado a bolsa de estudos que ganhei após a conclusão do curso de graduação; 

-Escrever outro livro; 

-Brincar com meus netos. 

Quantas pendências ainda preciso eliminar para partir com serenidade?

Para um ateu, como eu, que reconhece o imenso valor de estar vivo, de possuir a capacidade de poder pensar, sentir e se emocionar, a responsabilidade de querer deixar de existir é enorme. 

Quando minha lista de sonhos a realizar for a zero, qual a razão para eu continuar vivendo? 

Reconheço que não vivo para servir outros. Sou escravo de mim mesmo. Sou prisioneiro de minhas necessidades e sonhos, mas de forma alguma, ficaria ou seria feliz causando sofrimento ou prejudicando outros. Meus valores morais guiam minhas ações. 

Minha vida só tem sentido se estiver enriquecendo meus sentimentos e experiências alinhada com minha visão de mundo. 

Olhando aquele espetáculo da natureza, senti que tenho, ainda, muito que crescer, aprender e viajar... 


segunda-feira, 17 de janeiro de 2022

Viajar só é preciso

 Viajar só é preciso. 

O destino? 

Qualquer que seja este destino, esta jornada será sempre um encontro consigo mesmo. 

Foi o que aconteceu comigo quando, sentado lá em Nordkapp, no chão,  ouvindo as músicas que amo e vendo o sol da meia noite! 

Tive a oportunidade de refletir como foi importante para mim esta viagem solitária de triciclo. 

Como me sentiria se nunca conseguisse realizá-la? 

Depois dos 60, a consciência da morte me afetou de forma muito profunda. Senti a necessidade de me libertar da rotina e dedicar o maior tempo possível para realizar aqueles sonhos sufocados pelos compromissos cotidianos: 

-Uma longa viagem de triciclo até o extremo norte da Europa; 

-Percorrer o Caminho de Santiago novamente; 

-Ver a Aurora Boreal; 

-Visitar a Universidade de Uppsala na Suécia para apaziguar a mágoa de não ter utilizado a bolsa de estudos que ganhei após a conclusão do curso de graduação; 

-Escrever outro livro; 

-Brincar com meus netos. 

Quantas pendências ainda preciso eliminar para partir com serenidade?

Para um ateu, como eu, que reconhece o imenso valor de estar vivo, de possuir a capacidade de poder pensar, sentir e se emocionar, a responsabilidade de querer deixar de existir é enorme. 

Quando minha lista de sonhos a realizar for a zero, qual a razão para eu continuar vivendo? 

Reconheço que não vivo para servir outros. Sou escravo de mim mesmo. Sou prisioneiro de minhas necessidades e sonhos, mas de forma alguma, ficaria ou seria feliz causando sofrimento ou prejudicando outros. Meus valores morais dão sentido a minha vida. E minha vida só tem sentido se estiver enriquecendo meus sentimentos e minha visão de mundo. 

Olhando aquele espetáculo da natureza, senti que tenho, ainda, muito que crescer, aprender e viajar... 

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Minha viagem foi artigo da REVISTA TRIKE ALEMÃ



Fiquei contente em receber pelo correio um exemplar da revista Trike Magazin Alemã.

Fizeram um artigo de 8 páginas sobre minha viagem ao Círculo Polar Ártico, mais precisamente a NordKapp, extremo norte da Noruega. 


Eu havia dado uma entrevista lá na Alemanha e passado o link do meu Face. Achei que não daria em nada, mas…
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Foram 80 dias, mais de 14.000 Km partindo da Alemanha, passando pela Dinamarca, Suécia, Finlândia, Noruega e de volta para Alemanha.
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Uma viagem dos sonhos… em um triciclo REWACO… a melhor maneira de pegar uma estrada…





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segunda-feira, 18 de maio de 2015

Blue Sky by a Hungry Heart




Trago dentro do meu coração,
Como num cofre que não se pode fechar cheio,
Todo os lugares onde estive,
Todos os portos a que cheguei,
Todas as paisagens que vi através de janelas ou vigias,
Ou de tombadilhos,  sonhando,
E tudo isso, que  é tanto,  é pouco para que eu quero.

Fernando Pessoa
Passagem das Horas
22/05/1916

quarta-feira, 2 de julho de 2014

A estrada para Nordkapp


Uma das coisas desta viagem que não quero esquecer é a estradinha que vai de Honningsvag a Nordkapp.  
São 30 km de muita beleza. 
O vídeo foi feito para eu me lembrar deste trajeto.




Coloquei também umas fotos para eu me lembrar de pequena Honningsvag.
Esta é a igreja de madeira mais ao norte de toda a Europa.
















domingo, 29 de junho de 2014

Cheguei - 55o dia Rumo ao Ártico




Cheguei !!!!

55o dia Rumo ao Ártico
Chego a Nordkapp - o mais ao norte que se pode ir de carro!
Nordkapp fica no círculo polar ártico - 71o 10’  22’'
A cidade tem 3 mil habitantes mas recebe mais de 200 mil turistas por ano.
Para se chegar ao topo do plato de Nordkapp, que fica a 300 metros de altura passei pela estrada mais bonita que vi em toda a minha vida.  A vista é deslumbrante, nenhuma foto consegue retratar com fidelidade as minúsculas vilas de pescadores, as pastagens esverdeadas das renas (vi centenas delas pastando livremente), as montanhas com placas de gelo que ainda não derreteram…
Estou postando algumas fotos, a única que não é minha é a do sol da meia-noite em Nordkapp.












AS MEDALHAS trata-se de um monumento criado em 1989 por sete crianças de diferentes partes do mundo para simbolizar a cooperação, a amizade, a esperança e a alegria, através de todas as fronteiras. 
É uma iniciativa da "Children of the Earth" que patrocina um prémio anual para distinguir uma organização ou projeto que vise a melhoria das condições de vida das crianças no mundo. 

Desde 1989 a cerimónia de entrega tem ocorrido no Nordkapp.





Amanhã vou tentar fazer um vídeo desta estrada, mas pela qualidade das fotos que tirei, tenho certeza que será impossível retratar a beleza desta jornada. Uma pena, eu gostaria muito de compartilhar a emoção que senti.