Mostrando postagens com marcador escolhas. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador escolhas. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 14 de setembro de 2020

Ser feliz?



 Todo mundo quer ser feliz. 

Mas que tipo de felicidade as pessoas desejam? 

É a felicidade experimentada momento a momento? 

Ou é poder olhar para trás e se lembrar de uma época como feliz?

Qual felicidade você está procurando?

Eu, a esta altura da minha vida, confesso que tenho tenho uma preferência clara pela FELICIDADE EXPERIMENTADA EM VEZ DA FELICIDADE LEMBRADA.

Talvez, por focar minha atenção somente no momento presente.

Segundo a profa. Cassie Mogilner Holmes da  UCLA’s Anderson School of Management, aqueles em favor  da felicidade experimentada expressam principalmente uma crença no carpe diem: uma filosofia de que se deve aproveitar o momento presente porque o futuro é incerto e a vida é curta.


Por outro lado, muitas pessoas estão dispostas a perder momentos de felicidade e a trabalhar agora para poder olhar para trás mais tarde e se sentir feliz. 

Essa disposição é necessária, é claro, durante certos períodos da vida. 

Mas negligenciar isso, com muita frequência, pode levar a perder a experiência de felicidade desejada. 

Esses momentos não aproveitados se somam e, juntos, podem ir contra o que muitos acreditam constituir uma vida feliz.

Recomendo o livro: 

O Valor do Amanhã do Prof. Eduardo Giannetti. Muito bom e trata exatamente das escolhas que fazemos… Não fala da felicidade, mas ajuda a entender as consequências das escolhas entre o hoje e o amanhã.


segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Meu Presente de 16 anos e a Mediocridade

Semana passada decidi rever o conteúdo do meu arquivo “Pastas Pessoais” que estava mofando no escritório. Encontrei muitas preciosidades, entre elas, o presente que meu avô me entregou em 1968, no dia do meu aniversário: Uma mensagem escrita por ele, a lápis, em folha de caderno escolar e colocada num simples envelope branco, onde se lê: “Para meu querido neto”.

Me recordo que aquele dia foi a última vez que vi meu avô vivo. Faleceu algumas semanas depois sem ter conseguido passar a mesma mensagem para seus outros 4 netos mais novos...

Para ele, o aniversário de 16 anos é o mais importante da vida de uma pessoa. Representa o momento de escolher entre trilhar o caminho da mediocridade ou o da sabedoria. Para ele nossas chances de enxergar o mundo e não se tornar “mais um medíocre a andar sem rumo pela vida” depende muito da “qualidade do berço” que herdamos de nossos pais. Filhos de uma “família pobre” (de valores) tem muito menos chances do que os filhos nascidos numa “família rica”. A qualidade do berço nos dá uma vantagem inicial, uma possibilidade maior de realização pessoal, não uma garantia.

“Luiz, aos 16 anos inicia-se a nossa segunda chance. O momento de marcar nossas escolhas! O que você quer? Ser medíocre, ter uma vida medíocre e sem perspectivas? Ser dependente dos outros? Ser dependente do prazer imediato? Ficar preso no eterno esperar: Esperar por dias melhores? Esperar pelo final de semana com sol? Esperar pelo amor de sua vida? Esperar pelo salário do final do mês?... O que você quer?”

“Se somente depois que a barriga crescer e o cabelo ficar grisalho você perceber que não fez tudo o que poderia ter feito e que está infeliz com sua vida... mau sinal... sinal de escolha errada, lá trás! Tarde demais para reclamar! Não culpe este seu velho avô. Você estará colhendo o que plantou... por outro lado, se você olhar para trás e sentir orgulho da sua vida e a vontade de viajar, de aprender, de acontecer continuarem latentes, parabéns! Você, provavelmente, acertou...”

“... medíocres escolhem sempre o caminho mais fácil e imediato... no futuro tornam-se pessoas amargas e infelizes... percebem que o tempo passou e eles não fizeram o que deveriam...culpam outras pessoas ou situações das quais não eles têm controle...”

“...Veja o meu caso... Sou feliz! Se pudesse começar de novo, faria as mesmas escolhas... Como você, eu também recebi esta mensagem aos 16 anos!...”

“Luiz, ser medíocre não vale a pena! A opção do caminho fácil e do prazer imediato tem um preço alto. A conta vem com juros... Coragem!”

segunda-feira, 31 de maio de 2010

O câncer, o relógio e a bússola

A notícia foi bombástica: minha amiga, L, está com câncer no estômago e se prepara para a 2a sessão de quimio no Sírio...

A informação, no primeiro momento, me causou uma profunda tristeza. Pensei no sofrimento que ela, o marido e o filho de 8 anos estão vivenciando. O tratamento é longo, doloroso e introspectivo. Felizmente, L é uma lutadora, tem muita força de vontade e não se deixa abater por qualquer coisa. Nesta situação, a vontade de vencer e de superar o problema são os outros 50% da cura. Motivos para lutar não faltam para L ... Como diria, Frankl, "quem tem um porquê, enfrenta qualquer como".

Depois, do primeiro choque, egoisticamente pensei em mim. Estou sendo guiado pelo relógio, cumprindo obrigações e deixando novamente a rotina ditar meus passos? Vou acordar um dia, mais enrugado ou doente e descobrir que deixei de fazer o que realmente poderia ter feito? Estou me desviando do meu norte verdadeiro?

Há alguns anos tomei consciência que a alegria está na jornada: Não existe ponto de chegada! Como disse Covey, a Bússola, e não o Relógio, deve direcionar nosso caminho. Sou grato por poder ter feito esta opção para definir minhas prioridades. Minha bagagem pessoal ficou mais leve, me livrei da ilusão do poder, de sentimentos menores e da insônia... porém, a inesperada situação de L me despertou para uma realidade que tenho medo de enfrentar neste trecho da jornada... a consciência do privilégio que é estar aqui e perceber a preciosidade que é poder sentir prazer em ver o azul do céu, a consciência do privilégio que é ter a capacidade de se emocionar até as lágrimas com Mozart, de poder andar de triciclo, sem compromisso, numa manhã de sol com quem se ama, me tornaram ainda mais apegado ao caminho... sei que vale a pena lutar. Por isto, L, estou torcendo por você.