Há 2000 anos AC, nos textos da Mesopotâmia, segundo Campbell, começou a percepção que o rei era um ser humano e não um rei-deus como o faraó do Egito e que o homem não era mais a encarnação da vida divina, mas de natureza mortal e terrestre.
Ainda segundo Campbell, a civilização asteca acreditava que se não fosse pela pratica continuada do sacrifício humano nos altares, o Sol pararia de se mover, o tempo cessaria e mundo acabaria. Essa crença motivou o povo asteca a um estado de guerra contra seus vizinhos para poder sacrificar milhares de vidas nos altares e impedir o fim do mundo.
O autor Émile Mâle afirmou que na Idade Média, a crença do homem em uma ideia que formara era mais real do que a coisa em si mesma. Por essa razão, esses séculos místicos a ciência não evoluiu.
O que mudou ao longo dos tempos foi o nome dos deuses e das igrejas que supostamente têm poderes superiores da humanidade.
Eu acredito que nossa concepção atual de vida, se não mudar de rumo, acelerará o fim da Humanidade.
A Educação, a Redução da Desigualdade Social e o Uso Racional de Recursos Naturais do Planeta deveriam ser a nova "Igreja", os novos "deuses" a serem cultuados, e não Ganância e a Obsessão pelo Poder.
O futuro a ninguém pertence.
Precisamos construí-lo com base em valores éticos e sem misticismos…
Hoje os valores ditados pelo Mercado, pelo Dinheiro e pela Tecnologia determinam nossas ações…
A Humanidade ainda continua adorando os deuses errados…
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Campbell, J. Myths to Live By, NY, Vicking 1972
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