Neste breve instante, fantasio e me extasio
Ante a bela visão das tulipas e de um futuro a brilhar.
Enquanto a música de Bach me estimula
Contemplo este momento, grato por poder vislumbrá-lo.
Há séculos, a vida era bem distinta, incerta,
Com países abastados, pessoas obesas por prazeres vãos,
Enquanto pobres se debatiam na penúria e sacrifícios.
Guerras e divisões, religião a manipular,
Um mundo tribal, egoísta, alheio à unidade.
Mas a adolescência da humanidade já passou,
Deixando seu legado de sangue, dor e perdas.
Agora, a nova era se ergue, mais sábia e resiliente,
Rendendo culto à vida, em sua graça e finitude.
Não mais os deleites do ter e do consumir cego,
Nem os grilhões da fé ou da política mesquinha.
Mas sim, a compreensão da vida em sua plenitude,
E da condição efêmera que a todos igualmente alcança.
Esta nova humanidade, enfim, de Humanos,
Dignos, compassivos, em harmonia com a Natureza.
A ignorância, a arrogância e a autodestruição
Cederam lugar à sabedoria, à modéstia e à preservação.
Se existem pessoas que acreditam em milagres, em deuses, em vida eterna, por que eu não posso sonhar que um dia a humanidade será de Humanos?
Montanari
2008
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