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terça-feira, 16 de setembro de 2025

Humanidade Humana ?



Neste breve instante, fantasio e me extasio

Ante a bela visão das tulipas e de um futuro a brilhar.

Enquanto a música de Bach me estimula

Contemplo este momento, grato por poder vislumbrá-lo.


Há séculos, a vida era bem distinta, incerta,

Com países abastados, pessoas obesas por prazeres vãos,

Enquanto pobres se debatiam na penúria e sacrifícios.

Guerras e divisões, religião a manipular, 

Um mundo tribal, egoísta, alheio à unidade.


Mas a adolescência da humanidade já passou,

Deixando seu legado de sangue, dor e perdas.

Agora, a nova era se ergue, mais sábia e resiliente,

Rendendo culto à vida, em sua graça e finitude.


Não mais os deleites do ter e do consumir cego,

Nem os grilhões da fé ou da política mesquinha.

Mas sim, a compreensão da vida em sua plenitude,

E da condição efêmera que a todos igualmente alcança.


Esta nova humanidade, enfim, de Humanos,

Dignos, compassivos, em harmonia com a Natureza.

A ignorância, a arrogância e a autodestruição

Cederam lugar à sabedoria, à modéstia e à preservação.


Se existem pessoas que acreditam em milagres, em deuses, em vida eterna, por que eu não posso sonhar que um dia a humanidade será de Humanos?


Montanari

2008

segunda-feira, 23 de junho de 2025

Um sonho com Jesus

 

Um capítulo do meu novo ebook a ser lançado brevemente


19: Um sonho com Jesus…

Tive um sonho com Jesus Cristo fazendo o Sermão da Montanha, mas as palavras não eram as que conhecia… Apesar de ser ateu, admiro muitas das passagens supostamente ditas por Jesus… palavras de um revolucionário para sua época… Me lembro de alguns trechos do sonho, enriqueci e complementei, mas a essência se mantém…


"Meus amados irmãos e irmãs, eu vim a vós neste dia para falar sobre um dos maiores males que afligem a humanidade: a guerra. 


Ela destrói tudo o que há de mais precioso em nós - a compaixão, a empatia e o amor pelo próximo.


Aqueles que promovem a guerra e carregam armas em suas mãos, cegos pela ganância e sede de poder, cometem o erro imperdoável contra a própria essência do que significa ser humano. Eles esquecem que cada vida é sagrada, que cada ser humano é um templo vivo da bondade e da misericórdia.


Quando levantamos armas uns contra os outros, não apenas ferimos nossos irmãos e irmãs, mas também nos ferimos a nós mesmos. Pois ao tirarmos a vida de outrem, matamos um pedaço de nossa própria humanidade. E como poderemos olhar para o espelho e nos ver como verdadeiros homens e mulheres de bem, se nossos atos são manchados pelo sangue da inocência?


Meus amigos, urjo-vos a refletir sobre os ensinamentos da compaixão e da não-violência. Apenas quando aprendermos a resolver nossos conflitos através do diálogo e da compreensão mútua, poderemos encontrar a verdadeira paz. Pois a violência gera apenas mais violência, e o ódio nunca pode curar o ódio.


Sejamos, portanto, mensageiros da esperança, da tolerância e do amor. Enfrentemos aqueles que instigam a guerra com a força da nossa convicção moral, com a coragem de nossos corações puros. Só assim poderemos construir um mundo onde a vida seja respeitada acima de qualquer coisa, onde a dignidade humana seja o fundamento de todas as nossas ações.


Que a luz da compaixão ilumine nossos caminhos e nos guie rumo a um futuro de paz e harmonia entre todos os povos”


Autor: Meu sonho sonhado… que falta faz um pregador da paz, não por motivos religiosos, mas por amor a Humanidade.

domingo, 9 de março de 2025

A Filha de Elysium, Silenciada



Elysium" é um termo da mitologia grega que se refere ao paraíso, um lugar de felicidade eterna. 

"Filha de Elysium” mencionada na letra da 9a sinfonia de Beethoven é uma forma poética de dizer que a Alegria vem do paraíso, que é uma dádiva divina.

A escolha desse poema por Beethoven reflete o idealismo da época, com sua crença no progresso da humanidade e na possibilidade de um futuro mais justo e capaz de unir a humanidade, celebrando assim essa Alegria como um ideal a ser alcançado.

Eu sinceramente, muitas vezes, acabo acreditando que o sonho de Beethoven ecoa vazio em nossos tempos sombrios. 

A Alegria, outrora celebrada como dádiva divina, jaz esquecida nas ruínas das aspirações dos detentores de poder.

A humanidade, longe de alcançar o ideal utópico, afunda-se cada vez mais em um abismo de desigualdade e sofrimento.

Guerras intermináveis devastam nações, motivadas por ganância e ódio. Crianças definham de fome enquanto uma elite acumula riquezas obscenas. A injustiça social não é uma anomalia, mas o status quo de nossa era. 

O paraíso prometido de Elysium revela-se um reflexo cruel, fora de alcance.

A Filha de Elysium, se um dia existiu, está morrendo. 

Seu corpo jaz preso sob as cinzas de nossos conflitos, seus gritos de alegria sufocados pelo clamor da guerra e da miséria. O idealismo de Beethoven, belo em sua concepção, prova-se trágico em sua ingenuidade.

Por isso, me afasto das noticias trágicas televisivas, das pessoas que admiram Trump, Elon Musk, Bolsonaro, daqueles que defendem a intervenção militar, fanáticos religiosos…

A humanidade, em sua marcha inexorável, não caminha em direção à luz, mas se afasta dela. A sinfonia da vida, outrora harmoniosa na imaginação do compositor, tornou-se uma cacofonia de lamentos e desespero. 

A Alegria, longe de unir a humanidade, tornou-se um privilégio dos poucos, negada à vasta maioria.

O que posso fazer, nestes anos que vida que ainda me restam, além de ouvir música, caminhar e tentar fazer algum ruído expondo minha visão de mundo?

Montanari 10/03/2025