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sexta-feira, 7 de novembro de 2025

O Delicado Equilíbrio



Eu sonho com o hoje e o amanhã,

Um pé no agora, outro no futuro.


Tento buscar o equilíbrio, essa difícil arte

De viver o presente sem medo 

Deixando sementes para o amanhã

Enquanto colho os frutos do agora.


Na minha idade cada dia é um tesouro valioso.

Oportunidade única, que jamais será resgatada.


Não posso ignorar o sol que me toca agora, postergar viagens,

momentos de alegria pela expectativa de um amanhã melhor.

A vida passa num piscar de olhos levando os sonhos não vividos.


Sei que o segredo está no equilíbrio.

Não adiar a felicidade. Não hipotecar o amanhã.


Viver intensamente, sendo grato, honrando cada momento.

Mas também cuidando da saúde, investindo no amanhã.


Montanari

04/11/2025


sábado, 22 de março de 2025

Viver



Vive plenamente quem se liberta,

Explorando novos caminhos a cada amanhecer.

Quem experimenta o desconhecido,

Veste-se de cores ousadas,

E estabelece diálogos com estranhos.


Vive plenamente quem escreve sua própria história,

Sem roteiros pré-definidos.


Vive plenamente quem abraça paixões,

Preferindo o turbilhão de emoções

Ao silêncio monótono solidão.

Quem faz os olhos brilharem,

Transforma bocejos em sorrisos,

E deixa o coração dançar descompassado.


Vive plenamente quem ousa mudar,

Perseguindo sonhos além do horizonte.

Quem ignora conselhos sensatos,

Ao menos uma vez,

Para ouvir os apelos do coração.


Vive plenamente quem viaja,

Quem mergulha em livros,

Quem se embala em melodias,

E encontra graça no próprio reflexo.


Vive plenamente quem nutre o amor-próprio,

E aceita mãos estendidas em apoio.


Vive plenamente quem celebra cada instante,

Encontrando beleza até nas gotas da chuva.


Vive plenamente quem abraça o novo,

Questiona o desconhecido,

E compartilha sabedoria sem reservas.


Vive plenamente quem celebra a vida em sua plenitude,

Consciente de que viver

É mais que apenas respirar.

É um ato de coragem e alegria.


Montanari 22/03/2025

terça-feira, 6 de dezembro de 2022

Valor do amanhã

 Eu fui uma criança frágil.



A lembrança mais recorrente da minha infância é ficar doente, de cama, boa parte de minhas férias escolares.

A imagem mais recorrente da minha infância é eu no quarto, adoentado, olhando meus irmão e amigos pela janela jogando futebol no campinho em frente de casa…

…Pagando o preço por ter ficado mais tempo do que deveria na garoa ou frio ou suando no calor jogando bola ou  brincando ao ar livre.

Aos 10 anos, eu já tinha criado um lema para me guiaria o resto de minha vida: “todo excesso será castigado”.

Se eu abusava do meu limite… cama, febre, injeções…

Aprendi desde cedo que o desejado nem sempre é desejável.

Aprendi desde cedo, a duras penas, que “a conta sempre vem”.

Pela dor e tristeza aprendi muito cedo o alto custo que eu pagava por preferir o imediato, sem pensar no amanhã.

Acho que valeu a pena ter descoberto isto muito antes da minha adolescência…

Fazendo uma retrospectiva vejo o alto preço que meus amigos de infância pagaram por ter desfrutado e consumido o futuro antecipadamente… 

A conta sempre vem, e com juros…

Por que estou escrevendo isto?

Dois motivos: 

1-Acabo de ler a seguinte frase de Epicuro:

“É preferível suportar algumas dores determinadas a fim de gozar de prazeres maiores; convém privar-se de alguns prazeres determinados a fim de não sofrer dores mais penosas”.

2-Pelos noticiários vejo o preço que o Brasil está pagando e pagará por Bolsonaro e equipe  não aceitar o que aprendi muito cedo: “Todo excesso será castigado. A conta sempre vem, e com juros”.


É claro, que com 70 anos, estou numa fase da vida que poupar o presente não garante benefícios utilizáveis no futuro. 

Chega uma fase da nossa vida que começamos a pensar como James Dean: 

“Sonhe como se for viver para sempre; viva como se fosse morrer amanhã”. 

Nesta fase a vida, de um sonhador e deslumbrado como eu, é uma sucessão de dias e momentos isolados que devem ser vividos com a máxima alegria e prazer que as limitações naturais permitem…

…Quero continuar viajando, caminhando e ouvindo minhas música…

Perdi amigos que preencheram o seu tempo na 3a idade (ou vazio interior?) trabalhando… Um em particular, um mês antes de morrer, disse que queria conversar comigo para eu dar algumas dicas sobre uma viagem a Europa que pretendia fazer… não teve tempo para nossa conversa…

Como poderia ter dito Guimarães Rosa: 

Vivemos sem saber o que é realmente importante para nós…


domingo, 21 de agosto de 2022

Caminhar é viver

 


Caminhar sem os pés da imaginação

É estar parado enquanto se anda,

É estar morto enquanto se vive.

Caminhar com os pés da imaginação 

É viver num futuro presente,

É reviver um passado ausente.

Pobres daqueles que não caminham…

Eu caminho para sentir

Sentir os sons, as cores, os movimentos

Os suores,  beleza

da estrada em que vivo.

Montanari - Agosto/2022

segunda-feira, 15 de agosto de 2022

VAZIO EXISTENCIAL

 VAZIO EXISTENCIAL:

Viver sem projetos, sem orientação para o futuro.


SINTOMAS:

Pessimismo;

Ansiedade;

Insônia;

Insatisfação generalizada

Estafa.


SUPERAÇAO DO VAZIO

Depende de nossa atitude:

-Compreender-se como pessoa

-VIVER POR ALGO OU POR ALGUÉM

-Reconhecer o sentido incondicional da vida

-Conscientizar-se da própria liberdade ou responsa

sexta-feira, 21 de julho de 2017

Diário de um momento



Diário de um Momento

Este texto é antes de mais nada
a tentativa de descrição
de um momento 
em que acreditei
que mudar era possível…
não só possível 
mas, necessário.

Mudar?
Quem? 
Eu?
Será que devo mudar?

(Silêncio…)
(Silêncio prolongado o bastante pra descobrir… descobrir que…)

Todo processo de mudança começa com uma crença.

É preciso acreditar
para mudar.
Acreditar?
Sim, é preciso acreditar
para mudar,
para realizar,
para criar,
para viver!

(Silêncio).

Será que isto tem algum sentido?

Não sei se a palavra certa é
Acreditar ou Querer…

Acreditar ou Querer ou Sentir?

Sentir?

Sim. É preciso sentir!

Para mudar é preciso
Sentir,
Querer,
Acreditar.

Mudar o que?

Eu ou o que vejo lá fora?

Lembrei de Bias, o filósofo:
Carrego comigo todos os meus bens!

Sou o que vejo,
E o que sinto.
E sinto mais do que vejo.
E o que vejo e o que sinto
São meus…
Carrego comigo.
Minha verdadeira fortuna…

(Silêncio)

Sou pobre, ainda…

Preciso mudar…

Apesar da música…
Apesar de ver o azul…
O azul, o branco, o verde,  o vermelho…
Como é bonito
ver as cores…
sentir a música…

Preciso mudar!
Preciso Querer mais…
preciso Sentir mais…
Para viver.

Mudar e continuar mudando…
Para continuar é preciso mudar…

A bagagem tão leve…
Tão sem história…
Passa desapercebida.

Vupt!
Se foi…
Sem mudança…
Sem reflexão…
Um momento…

O espaço entre os 2 pontos é
um momento, 
um instante tão pequeno, 
tão vazio se não existir mudança…


Minha vida…

obs.:
Este texto foi escrito por mim há uns 40 anos... encontrei perdido num livro dos tempos da faculdade... lendo, entendo o que sou agora e porquê sou como sou... minha visão de mundo daquela época me levou a ser o que sou...

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Reflexões sobre a Vida e a Morte


Extrato de uma conversa com meu falecido amigo Fernando:

"Nossa Instituição está morrendo.
Infelizmente, muitos de nós não quer acreditar na gravidade da situação.
É o principio do "auto-engano" em ação: sentimos mas não queremos acreditar no que sentimos.

Não estamos vivendo mais uma criseO cenário externo mudou.

Não dá mais para pensar na nossa Instituição olhando para suas qualidades. Posso mencionar dezenas.
Não dá mais para pensar na nossa Instituição olhando para suas deficiências. Posso mencionar dezenas.

Não dá para aceitar que a solução de nossos problemas é de responsabilidade de quem nos criou. Esse momento já passou. 

Estamos entrando em um novo momento das organizações públicas e privadas:  
A era da Efetividade
Nenhuma Instituição ineficiente conseguirá sobreviver.

Alguém em sã  consciência consegue acreditar que daqui a 15 anos estaremos vivos, neste ambiente de mudanças, se nosso modelo mental atual permanecer o mesmo? 

Será possível justificar nossa existência pelo que custamos versus o que oferecemos em troca para a sociedade?

Nenhuma instituição ineficiente sobreviverá neste novo cenário.

Não percebemos a urgência da situação e estamos condenados a definhar e definhar e perder nossa identidade e enfraquecer nossa imagem já desgastada…

O momento de sonhar com nosso crescimento já passou.

Não temos tempo para um novo “me engana que eu gosto”.
Não temos tempo para soluções paliativas, reativas, conservadoras e brigas territoriais.

É preciso reduzir o tamanho, fechar “atividades”, efetuar uma reestruturação radical para reduzir custos.

Prestar serviços de qualidade sem investimentos é impossível. Investir sem uma dolorosa reestruturação  é impossível. 

O QUE ESTAMOS ESPERANDO?
QUE UM MILAGRE ACONTEÇA?
É MELHOR MORRER AOS POUCOS? 

Até quando vamos sobreviver vivendo na decadência? Sem investimentos?  Com atrasos nos pagamentos?

Ou acreditamos que somos responsáveis pela construção da nossa sobrevivência ou morremos procurando um culpado interno e um "salvador da pátria” externo.

A luta pela sobrevivência nunca é indolor.
Sei muito bem o que estou falando”.

Caro Fernando, como sinto falta dos nossos papos…
..
.

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Vazio existencial e causas perdidas


O ser humano precisa 
acreditar em algo,
ter uma causa para lutar,
para encher o vazio da sua existência. 

Por causa disto
pessoas são manipuladas
por religiões 
ou por partidos de extrema esquerda
ou por partidos de extrema direita
ou pela necessidade do consumismo fútil.

Muitos acabam se transformando,
(sem saber) 
em massa de manobra,
bucha de canhão,
soldados da causa alheia.

Para a humanidade se desenvolver
não precisa 
encontrar um deus,
ou uma religião,
ou se identificar com um partido,
ou uma classe social.

A paz
só acontecerá
quando encontrarem a si mesmas.

ENQUANTO NÃO ENTENDEREM 
O SIGNIFICADO DA VIDA
pessoas continuarão espancando o diferente, o adversário, o inimigo,

SE NÃO SE ENCONTRAREM
pessoas continuarão matando por um credo religioso ou politico


ou simplesmente, vivendo alienadas…  
..
.

terça-feira, 1 de março de 2016

terça-feira, 29 de março de 2011

A morte alimenta a vida


Adeus, meu querido lutador.
Com você aprendi que a presença da morte alimenta nossa vontade de viver e muda o foco dos nossos desejos...
As intrigas do ambiente corporativo, a inveja, as ambições fúteis e as comparações sociais impostas pela cultura do consumo perdem o significado frente a consciência da proximidade do fim...
Você me falou que a sua luta se justificava por ter conseguido SENTIR o significado da vida.
Obrigado por tudo.


sexta-feira, 3 de julho de 2009

Eleições, Vida e Morte


A perspectiva da morte torna insignificante as disputas cotidianas.

A vida, de repente, tem outra dimensão, a escala de valores se altera a tal ponto que conseguimos enxergar nossos problemas com isenção e sentir que, não eram problemas de verdade ou não eram, de forma alguma, graves.

A perspectiva da morte dá a verdadeira noção do significado da vida.

Qualquer candidato a qualquer cargo eletivo, deveria ter a personalidade de um “twice born” de William James, descrita no seu livro “The Varieties of Religious Experience”.

As pessoas “nascidas duas vezes” não tiveram uma vida fácil ou linear. Suas vidas foram marcadas por uma contínua luta para obtenção de um senso de ordem e identidade. Suas visões de mundo são bem diferentes das pessoas “nascidas uma vez”.

Para os “nascidos duas vezes” o senso do eu deriva de um sentimento de profunda separação.

O sentimento de “pertencer” é uma característica das pessoas nascidas uma vez. “Se alguém se sente como membro de instituições, contribuindo para o seu desenvolvimento, então esta pessoa preenche uma missão na vida e sente recompensada por ter um ideal. Esta recompensa transcende ganhos materiais e responde ao mais fundamental desejo de integridade pessoal que é obtido pela identificação com a instituição existente.

Líderes tendem a ser do tipo com personalidade ´nascido duas vezes´, pessoas que se sentem separadas de seus ambientes, incluindo outras pessoas. Eles podem trabalhar em organizações, mas nunca pertencem a ela.

O senso do que eles são não depende de “ser membro, afiliado”, regras de trabalho, ou outro indicador de identidade social.

O que parece surgir desta idéia de separação é alguma base para explicar porque certos indivíduos procuram oportunidades para mudança. A mudança pode ser em qualquer área, mas o objeto é o mesmo: alterar profundamente as relações humanas, econômicas, e políticas.

Líderes adotam uma atitude pessoal e ativa com relação às metas. Eles são ativos em vez de reativos, eles formulam ou moldam idéias em vez de responder a elas. A influência que os líderes exercem na alteração do estado de espírito, evocando imagens e expectativas, e estabelecendo desejos e objetivos específicos determinam a direção que o negócio toma. O resultado desta influência é mudar o modo das pessoas pensarem sobre o que é desejável, possível e necessário”.

Políticos e Reitores não podem ser simples “gestores nascidos uma vez”. Atributos como honestidade e integridade são tão básicos como saber ler e escrever e não os qualificam a se candidatarem a tal posto.