sábado, 13 de dezembro de 2008

Menos políticos, mais professores

Que vergonha senhores deputados!!! Como tiveram coragem de aprovar proposta tão indecente? Aumento de 7.554 vereadores. Pra quê?

Este País tem político demais.

Tem muita gente incompetente fazendo nada e vivendo com o dinheiro do povo.  Vereador de Campo Grande (MS) ganha, de salário, R$ 9.500,00 por mês. Metade dos professores deste País ganham menos do que R$ 950,00 reais por mês.

O que é melhor, mais 10 professores ou mais 1 vereador?

O que é melhor, mais 100 professores ou mais 1 deputado?

Espero que os senadores tenham vergonha na cara e não aprovem mais esta estupidez.

Deputado Pompeo de Mattos PDT-RS, nota zero para sua proposta. 

Como você consegue se olhar no espelho?

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Centenário do fim do pensamento tribal


New Keukenhof –  05/04/2408

Caminhando pelo parque, admirando as tulipas ao som de Stoiewisk sentimos o significado desta data histórica...

E pensar que há poucos séculos atrás a vida era bem diferente.

Países ricos com mais de dois terços da população de obesos e barrigudos, não por problemas genéticos, mas por problemas culturais, por apego a valores decadentes, egoístas e centrados no consumismo e individualismo.  Países pobres com grande parte da população de viciados, subnutridos e ignorantes. Convicções religiosas levavam a guerras, ou a alienação ou a exploração da população. Ignorância, fé religiosa, falta de visão sistêmica era cultuada e mantida como instrumento de manipulação por vários credos e governos.  

A humanidade era tribal, cultuava deuses diferentes, doutrinas políticas diferentes e identidades nacionais diferentes. Os interesses eram “nacionais”, “regionais”, “partidários” e segregados por agrupamentos religiosos diferentes...  

Os sonhadores da época se perguntavam:

Quantos torcedores mais serão mortos por policiais despreparados? Quantas crianças mais serão violentadas e mortas por animais considerados e julgados como humanos? Quantas pessoas mais serão vítimas de motoristas bêbados e irresponsáveis? Quantas pessoas mais morrerão de câncer de pulmão por ignorância e irresponsabilidade social? Quantos crimes mais ficarão impunes por sistemas judiciários obsoletos, leis medíocres, políticos inconseqüentes e demagogos? Quantas mortes mais causadas por menores viciados em crack continuarão impunes? Quantos negros mais morrerão pela fome ou pela AIDS na África até que se perceba? Quantos mais morrerão em nome de um deus justo, misericordioso e todo poderoso? Quanto mais serão mortos em nome de interesses nacionais? Quantas gerações de “poetas” e “sonhadores” serão necessárias para mudar o “stuts quo”?

A adolescência da humanidade, caracterizada pela ignorância, arrogância, egoísmo e enorme poder de autodestruição, não durou muito.

O amadurecimento custou caro: bilhões de vidas e centenas de anos para reconstrução da nova civilização.

A luta pela sobrevivência do pouco que restou privilegiou o fim do culto a deuses mesquinhos, egoístas e injustos; contribuiu para o fim da cultura do ter, do consumismo e individualismo institucional; e o mais importante, marcou o surgimento de uma população resiliente de adoradores da vida, marcou o fim dos barrigudos, dos subnutridos, dos viciados, dos políticos corruptos e das religiões.

Se existem pessoas que acreditam em milagres, em deus, em vida eterna, por que eu não posso acreditar que um dia a humanidade será de Humanos?

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Servir ou se Servir

O sistema de bônus dos presidentes das empresas de capital aberto dá MUITO que pensar.

Em 2006, John Mack, CEO da Morgan Stanley, recebeu US$ 40,2 milhões de bônus.

Em 2007, Lloyd Blankfein, CEO da Goldman Sachs, recebeu quase 70 US$ milhões.

Simplesmente por assumir o comando da Merrill Lynch, o novo CEO, John Thain, recebeu em dinheiro, um bônus de US$ 15 milhões.

Richard Fuld, CEO da Lehman Brothers, recebeu em 2007, U$35 milhões de bônus e, no ano seguinte, por sua gestão irresponsável levou a falência uma empresa de 158 anos!!!

Todas estas empresas têm algo em comum: resultado desastroso em 2008 (que desencadeou uma avalanche na economia mundial).

A quem estes CEO´s estão servindo? A empresa que lideram, seus milhares de acionistas ou a si mesmos?

Tanto se fala de “Líder Servidor” e “Liderar é Servir” que um confronto com a realidade nos induz a acreditar que os autores destes livros de administração moderna são mais poetas do que qualquer outra coisa.

Como o sistema pode permitir falhas tão grandes e premiar com recompensas enormes fracassos anunciados?

Será que não aprendemos que “there is no free lunch?”. Alguém sempre vai pagar a conta. Cedo ou tarde. Com mais ou menos juros!

Estes fatos se referem a empresas privadas que ficaram em evidência nos últimos meses por gestão incompetente, mas, será que é diferente a gestão de instituições municipais, estaduais e federais, especialmente em países do 3º mundo, incluindo o nosso?

Quando vemos, na TV, notícias sobre celulares nas cadeias públicas, desvio de verba na área da saúde, venda de carteira de motorista, políticos envolvidos em escândalos, questionamento sobre enriquecimento ilícito, superfaturamento de obras, não estamos recebendo mais uma confirmação de falha no sistema? No sistema que permite, que não pune e que, até recompensa líderes incompetentes que se servem das instituições em benefício próprio?

Como mudar isto, se até nossos representantes, que fazem e gerenciam as leis, que estão para servir a comunidade, se servem do sistema em benefício próprio em detrimento de outros?

Quanto mais eu conheço o mundo e as pessoas, mais eu vejo como estamos atrasados no nosso desenvolvimento (humano). Mais eu vejo como não se pode ganhar, em detrimento de outros.  A conta vem com juros!  Mais eu vejo que os escritores da administração moderna não são poetas, mas visionários. Mais eu tenho a certeza que o futuro depende das novas gerações. Quantas gerações? Eu não sei, mas, tenho a certeza que o número de pessoas conscientes está aumentando. Quando atingirá a massa crítica? Não dá para estimar.

Quanto mais jovens fizerem seus MBA´s e estudarem “os poetas” da administração moderna que pregam a relação ganha-ganha, o respeito às pessoas, que pregam que “liderar é servir” e “fazer os outros crescerem”, que pregam que todo líder deve deixar como legado, entidades éticas e auto-sustentáveis, mais chances teremos de mudarmos o sistema distorcido e injusto atual.

Até lá vamos continuar vendo e lendo notícias que confirmam que a regra da liderança é: “servir-se” e não “servir”!

Coragem!