terça-feira, 21 de outubro de 2014

Quando a vitória é uma derrota


Meu amigo, eu admiro sua capacidade de vislumbrar o futuro mas, tenho medo em aceitar seu prognóstico:

"A vitória será  a derrota para qualquer um dos dois candidatos…"

Suas premissas, se consegui entendê-lo corretamente são:

1)  2015 será um ano extremamente difícil para a economia Brasileira, independente de quem for eleito. Em parte pelo baixo crescimento da economia mundial nos próximos anos e também, pelos estragos causados pela gestão Dilma nestes 4 últimos anos.

2) 2015 será um ano extremamente difícil para a política Brasileira, independente de quem for eleito. Principalmente pelas consequências do escândalo da operação Lava Jato e do Petrolão. “Quando os nomes dos envolvidos vierem a público será um Deus nos acuda em Brasília. Será impossível governar por um bom tempo…”.

Segundo você, se Dilma vencer a eleição, muito provavelmente não conseguirá colocar a economia nos eixos, pois isto exigirá que ela tome medidas impopulares e diferentes das que defendeu na campanha.  Além disso, não conseguirá lidar com o clima político de escândalos, investigações, denuncias e cassações de companheiros e aliados.  

Em resumo, se Dilma vencer estas eleições, seus primeiros anos no novo mandato trarão resultados negativos e deixarão muitos eleitores descontentes.  A imagem do PT será desconstruída a  tal ponto que nem o Lula conseguirá reverter a situação. O PT SAIRÁ MAIS FRACO DO QUE ENTROU E O BRASIL MAIS VULNERÁVEL…Aécio venceria as eleições de 2018 e encontraria um ambiente muito mais favorável para governar.

Ainda segundo você, se Aécio vencer a eleição de 2014, também viverá o mesmo cenário politico desfavorável por causa dos escândalos da operação Lava Jato e do Petrolão. O ano 2015 será um ano perdido; Não conseguirá fazer as reformas pretendidas.  A economia começará a apresentar algum resultado positivo no seu 3o ou 4o  ano de mandato. Aécio deixará o Brasil numa condição melhor do que a Dilma deixou, mas terá muitas dificuldades em convencer os eleitores. O PT reconstruirá sua imagem e terá um candidato mais competitivo em 2018.

Em resumo, segundo você, para o candidato que vencer esta eleição, a vitória será sua derrota. 

"Para o Brasil, o melhor seria que Aécio ganhasse" (nisto eu concordo com você).

A alternância no poder é essencial. 

Principalmente na esfera federal por causa da nosso modelo federativo de arrecadação de impostos que dá ao governo federal muito poder de manipular e controlar o destino dos estados, dos municípios e também, não podemos esquecer das Estatais (vide o escândalo da Petrobras, entre outros que irão aparecer). 

A Dilma, por causa dos seus pressupostos não enxerga que mudanças estruturais são necessárias. Sua inflexibilidade conceitual e sua falta de liderança política a impedem de levar o Brasil a outro patamar. Continuaremos crescendo a uma taxa medíocre e grande parte da população continuará aceitando que estamos sendo bem governados…

Por que a população está tão resistente a mudança?

Por 2 motivos muito simples:  

1) Sofremos do "viés do status quo"
Este viés nos estimula a permanecermos na situação atual. Queremos o familiar, o conhecido, somos avessos a mudança. Toda mudança da situação atual é vista como uma perda.  (Não há melhor lugar do mundo do que nossa casa. Em time que está ganhando não se mexe). Além disso, optar pela mudança é difícil, exige maior esforço intelectual,  o mais fácil é não fazer nada e manter as coisas do jeito que estão.

2) Sofremos do viés de confirmação
Veja o caso do debate da Dilma e Aécio na Record. Os eleitores da Dilma acreditam sinceramente que ela se saiu melhor. Os eleitores do Aécio acreditam sinceramente  que ele se saiu melhor.

Por que esta polarização? 

Nós temos a tendência de colher evidências e trazer informações da memória de forma seletiva, de maneira tendenciosa. Nós não somos imparciais. Procuramos evidências que confirmem nossas crenças ou hipóteses (independentemente delas serem verdadeiras ou não).

Essa polarização emocional vistas nas redes sociais, entre petistas e psdebistas dificulta ainda mais a capacidade deles perceberem a realidade. 

A realidade é um fato independente da nossa crença ou vontade. O que percebemos da realidade está muito ligado ao nosso modelo mental, a nossa visão de mundo… Quanto mais emocional for a nossa ligação com uma crença, pressuposto ou hipótese, menor será a nossa capacidade de ver a realidade…

Decidir entre Aécio e Dilma não é uma tarefa fácil. É muito mais do que uma escolha entre PT e PSDB. É muito mais do que a escolha entre o “bem" e o “mal". Entre o “socialismo" e o “capitalismo”.

A decisão deveria ser em função de:

1) Qual o candidato que entregará melhor resultado para o Brasil, para a população Brasileira, NO CONTEXTO ATUAL (doméstico e internacional)?
2) A vitória será uma derrota para o Brasil?

A boa notícia é que este jogo tem muitas partidas e inevitavelmente, no longo prazo, o Brasil (a população brasileira) sairá vencedor… 


A dúvida é: quantas partidas ainda serão necessárias?
MUDAR É PRECISO!

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segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Brasil, um país sem futuro.

Desempenho de nossos alunos de 15 anos no PISA (programa internacional de avaliação de alunos)



BRASIL um país SEM futuro

Quando analiso  as campanhas eleitorais e ouço os políticos eleitos e comparo nosso desempenho educacional frente a outros países, me desespero. 
Não somos o país do futuro. Somos um país SEM FUTURO.

Não dá para mudar a realidade com marketeiros enganando a população menos escolarizada.
Não dá para mudar a realidade com o “toma lá, dá cá” ou “É dando que se recebe” .
Não dá para mudar a realidade com a corrupção enraizada em nossa cultura. 
Não dá para mudar a realidade com corruptos gerenciando nossas estatais e incompetentes em cargos públicos.

Nosso problema é que não temos, ainda, massa crítica suficiente para julgar e exigir um comportamento mais ético em todas as instancias da nossa sociedade.

Com o desempenho horroroso de nossas crianças de 15 anos no PISA, ano após ano, como podemos pensar que teremos um futuro?


Sem educação competitiva continuaremos a ser um país sem futuro, apesar dos marketeiros dizerem brilhantemente, sonoramente e como todas as cores, o contrário.

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sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Presidenciáveis e a Inteligência Emocional




Presidenciáveis e a INTELIGENCIA EMOCIONAL

No debate de ontem, 02/10, tentei analisar qual dos 3 principais candidatos  demonstrou maior INTELIGÊNCIA EMOCIONAL, segundo conceitos de Daniel Goleman. 
AÉCIO NEVES foi, sem dúvida, na minha opinião, o primeiro colocado.
Marina a segunda e por último, Dilma.

Evidências no mundo dos negócios tem comprovado que executivos com maior inteligência emocional são mais eficientes e geram mais resultados.

O Q.I. (seja o Quociente de Inteligência ou o "Quem Indica") não são os melhores indicadores para vislumbrar a performance futura do candidato e por isto vem sendo abandonado pelas boas organizações.

Na política não é diferente. 
Basta ver o resultado da Petrobras e da nossa própria presidente Dilma… 

Para ser mais imparcial, é só analisar a performance de Organizações antes de depois de serem administradas por Gestores escolhidos pelo processo do "Quem Indica" (ou mesmo do tradicional QI)

O Q.I. deve ser substituído pelo Q.E. (Quociente Emocional), também na política… 

Para que não sabe, podemos simplificar e dizer que o QE avalia 4 dimensões:

1- AUTOCONSCIÊNCIA: quão bem você se conhece emocionalmente.
2- AUTOGESTÃO: quão bem você se controla e lida com você mesmo.
3- CONSCIÊNCIA SOCIAL:  quão bem você percebe os outros e as redes de decisão.
4- ADMINISTRAÇÃO DE RELACIONAMENTOS:  quão bem você consegue gerenciar conflitos, influenciar, inspirar e gerar mudanças.

Pelo que tenho visto, Dilma é uma gerente típico dos velhos tempos. Liderança Inspiradora Zero. Uma nulidade do ponto de vista das novas organizações. Vive ainda na Era Industrial… 

Pode até ter boas intenções, mas isto não é suficiente para conduzir um país ao desenvolvimento no século XXI.

Coragem !!!!