domingo, 1 de novembro de 2009

O preconceito e o desenvolvimento


Não se iluda. O futuro será bem diferente.

Daqui a 50 anos, cenas atuais da violência urbana do Rio serão vistas com a mesma rupgnância que sentimos hoje quando vemos cenas passadas dos campos de concentração.

A consciência humana evolui exponencialmente.

Cinquenta anos atrás, o negro americano era totalmente discriminado, não frequentava a mesma escola do branco, nem poderia compartilhar com um branco do mesmo banco num ônibus.

Hoje, o presidente americano é negro.

A falta de ética, a corrupção na política, o comportamento vergonhoso de nossos senadores, a alienação da população com relação ao meio ambiente e a falta de cidadania serão vistas, no futuro, como vemos hoje, o primitivismo que imperava no velho oeste americano.

A cena da universitária que saiu da sala de aula da Uniban de São Bernardo do Campo, escoltada por policiais e hostilizada por centenas de alunos, é a manifestação deste subdesenvolvimento que ainda reina em nosso país.

Este comportamento primário, machista, esta falta de respeito ao “diferente” retrata bem a nossa consciência coletiva subdesenvolvida...

Infelizmente, estes universitários não se manifestam, com a mesma paixão, contra a corrupção, contra a pobreza, contra a mediocridade...

Mas, tudo isto vai passar.

A adolescência da consciência coletiva não vai durar para sempre. Mesmo no Brasil da lei de Gerson, no Brasil do jeitinho, no Brasil do “isto não é problema meu”...

Vamos amadurecer como sociedade!

Nossa cultura é o maior obstáculo a aceleração do crescimento.

Infelizmente, nossas universidades continuam dando provas que não entenderam que seu papel mais importante é o de desenvolver líderes capazes de inspirar jovens na construção de uma sociedade mais justa, mais humana e mais digna.

Por isto, outros caminham. Nós engatinhamos...