sexta-feira, 18 de julho de 2025

A DREAM OF PEACE

 


In a dream, I saw Him on the mountain,
Not the Christ of books, but another,
Closer, perhaps more true.
His words, both new and ancient,
Echoed through the valley of consciousness.
"Brothers," He said, "war is the abyss
Where we drown our humanity.
Each bullet fired is a fragment
Of the soul lost in the void.
Those who wield weapons, blinded by power,
Forget that each body is a temple,
Each life, a sacred flame.
In killing another, we kill ourselves,
For we are all one in the web of existence.
How can one look in the mirror of virtue
When hands are stained red?
Violence is a broken mirror
That only reflects our own ruin.
I implore you, friends, to seek in compassion
The balm for the world's wounds.
Only dialogue can build bridges
Where once stood walls of hatred.
Let us be beacons in the night of intolerance,
Guiding the shipwrecked of war
To the safe harbor of understanding.
May our hearts be the weapons
In the battle for human dignity.
Peace is not a gift from heaven,
But a daily conquest of men.
Let us cultivate it with the sweat of our ideals,
Watering it with tears of empathy."
Thus spoke the Christ of my dream,
A preacher not of faith, but of humanity.
And I, an awakened atheist, long for his voice,
Echoing not from churches, but from hearts.

from my ebook: Janela para o Mundo

segunda-feira, 23 de junho de 2025

Um sonho com Jesus

 

Um capítulo do meu novo ebook a ser lançado brevemente


19: Um sonho com Jesus…

Tive um sonho com Jesus Cristo fazendo o Sermão da Montanha, mas as palavras não eram as que conhecia… Apesar de ser ateu, admiro muitas das passagens supostamente ditas por Jesus… palavras de um revolucionário para sua época… Me lembro de alguns trechos do sonho, enriqueci e complementei, mas a essência se mantém…


"Meus amados irmãos e irmãs, eu vim a vós neste dia para falar sobre um dos maiores males que afligem a humanidade: a guerra. 


Ela destrói tudo o que há de mais precioso em nós - a compaixão, a empatia e o amor pelo próximo.


Aqueles que promovem a guerra e carregam armas em suas mãos, cegos pela ganância e sede de poder, cometem o erro imperdoável contra a própria essência do que significa ser humano. Eles esquecem que cada vida é sagrada, que cada ser humano é um templo vivo da bondade e da misericórdia.


Quando levantamos armas uns contra os outros, não apenas ferimos nossos irmãos e irmãs, mas também nos ferimos a nós mesmos. Pois ao tirarmos a vida de outrem, matamos um pedaço de nossa própria humanidade. E como poderemos olhar para o espelho e nos ver como verdadeiros homens e mulheres de bem, se nossos atos são manchados pelo sangue da inocência?


Meus amigos, urjo-vos a refletir sobre os ensinamentos da compaixão e da não-violência. Apenas quando aprendermos a resolver nossos conflitos através do diálogo e da compreensão mútua, poderemos encontrar a verdadeira paz. Pois a violência gera apenas mais violência, e o ódio nunca pode curar o ódio.


Sejamos, portanto, mensageiros da esperança, da tolerância e do amor. Enfrentemos aqueles que instigam a guerra com a força da nossa convicção moral, com a coragem de nossos corações puros. Só assim poderemos construir um mundo onde a vida seja respeitada acima de qualquer coisa, onde a dignidade humana seja o fundamento de todas as nossas ações.


Que a luz da compaixão ilumine nossos caminhos e nos guie rumo a um futuro de paz e harmonia entre todos os povos”


Autor: Meu sonho sonhado… que falta faz um pregador da paz, não por motivos religiosos, mas por amor a Humanidade.

sexta-feira, 28 de março de 2025

A ditadura mata

 



A ditadura não apenas mata pessoas, mas também os alicerces de uma sociedade humana. 

Aqueles que negam esta verdade incontestável demonstram uma profunda falta de conhecimento, seja por ignorância, ingenuidade ou, mais grave ainda, por uma falha moral intrínseca.


Clamar por intervenção militar é, em essência, defender a supremacia da força bruta sobre a razão e o diálogo

Embora sejamos seres dotados de intelecto, não podemos ignorar que ainda carregamos em nosso âmago vestígios hereditários de um passado primitivo, onde a lei do mais forte imperava e a sobrevivência dependia da capacidade de dominar pela força.


No entanto, como sociedade, estamos em constante evolução, desejando um estado de maior Humanidade. 

Gradualmente, compreendemos que o verdadeiro progresso não reside na subjugação do outro, mas na cooperação mútua. 

A vitória obtida à custa do sofrimento alheio é, na realidade, uma derrota coletiva a longo prazo.


Independentemente das convicções pessoais ou crenças, nenhuma ideologia que endosse a barbárie poderá prosperar ou se sustentar. 

A humanidade, em sua jornada rumo ao futuro, não sobreviverá a si mesma se persistir na ilusão de que a solução para seus problemas reside no poder destrutivo das armas.


É imperativo buscar caminhos de entendimento, diálogo e construção coletiva, rejeitando veementemente qualquer retrocesso a métodos autoritários e violentos. 

Somente assim poderemos conquistar um futuro promissor para as gerações futuras.


Montanari 28/05/2025

28/03/2025

quinta-feira, 27 de março de 2025

"Em vez de chorar, caia na realidade"



 "Em vez de chorar, caia na realidade" - esta frase ressoa como um chamado à lucidez em meio ao turbilhão de enganos e auto-ilusões que cercam certas figuras públicas de nosso tempo.


Imagine um líder que se apresenta como um farol de virtude, mas cujas ações lançam sombras longas e escuras sobre aqueles que o seguem cegamente. Este indivíduo, dotado de uma habilidade quase sobrenatural para manipular a verdade, tece uma teia de narrativas onde sempre se coloca como vítima, nunca como responsável.


Seus seguidores, embevecidos por promessas vazias e retórica inflamada, ignoram os sinais de alerta. Enquanto isso, o mestre da manipulação dança entre meias-verdades e mentiras descaradas, sempre um passo à frente das consequências de seus atos.


Quando confrontado com evidências de suas falhas, este líder não hesita em apontar dedos acusadores para aliados e adversários alike. Sua suposta devoção a princípios elevados e fé inabalável servem apenas como uma fachada conveniente, por trás da qual se escondem ambições mesquinhas e um desprezo fundamental pela verdade.


O verdadeiro custo dessa farsa não recai sobre o arquiteto da decepção, mas sobre aqueles que depositaram nele sua confiança. Famílias são divididas, carreiras arruinadas e vidas destroçadas no altar de uma lealdade mal direcionada.


Portanto, a todos aqueles que ainda se agarram às ilusões propagadas por este falso profeta, ecoa o conselho: "Em vez de chorar, caia na realidade". É hora de abrir os olhos, confrontar a verdade por mais dolorosa que seja, e reconstruir sobre alicerces mais sólidos que mentiras reconfortantes e falsa vitimização.


A jornada para a clareza pode ser árdua, mas é infinitamente preferível a permanecer preso em um labirinto de enganos. Só enfrentando a realidade, por mais dura que seja, podemos esperar criar um futuro baseado em integridade e responsabilidade genuínas.

Montanari 27/03/2025

sábado, 22 de março de 2025

Viver



Vive plenamente quem se liberta,

Explorando novos caminhos a cada amanhecer.

Quem experimenta o desconhecido,

Veste-se de cores ousadas,

E estabelece diálogos com estranhos.


Vive plenamente quem escreve sua própria história,

Sem roteiros pré-definidos.


Vive plenamente quem abraça paixões,

Preferindo o turbilhão de emoções

Ao silêncio monótono solidão.

Quem faz os olhos brilharem,

Transforma bocejos em sorrisos,

E deixa o coração dançar descompassado.


Vive plenamente quem ousa mudar,

Perseguindo sonhos além do horizonte.

Quem ignora conselhos sensatos,

Ao menos uma vez,

Para ouvir os apelos do coração.


Vive plenamente quem viaja,

Quem mergulha em livros,

Quem se embala em melodias,

E encontra graça no próprio reflexo.


Vive plenamente quem nutre o amor-próprio,

E aceita mãos estendidas em apoio.


Vive plenamente quem celebra cada instante,

Encontrando beleza até nas gotas da chuva.


Vive plenamente quem abraça o novo,

Questiona o desconhecido,

E compartilha sabedoria sem reservas.


Vive plenamente quem celebra a vida em sua plenitude,

Consciente de que viver

É mais que apenas respirar.

É um ato de coragem e alegria.


Montanari 22/03/2025

segunda-feira, 17 de março de 2025

Contradição do homem moderno


No ambiente digital, suas vozes se elevam

Em debates inflamados sobre política

Enquanto que nas reflexões sobre sua vida interior 

Silêncio, negligencia, esquecimento


O indivíduo soldado de causas alheias

Repete slogans com lemas vazios

Fugindo da realidade em que se encontra

Pela fragilidade de seu poder de introspecção


Nietzsche advertiu sobre este perigo

O abandono do autoconhecimento

Em prol de opiniões emprestadas

Que oferecem conforto ilusório


Na sociedade do espetáculo político

O engajamento se torna sentimento de poder.

A consciência crítica, uma miragem

Alimentada por algoritmos frios


O homem moderno, bombado

Na esfera pública que o consome

Atrofia-se em sua essência íntima

Perdido entre causas e hashtags


Que tristeza ver o ser humano

Tão distante de si mesmo

Trocando a busca interior

Pelo palco efêmero do mundo externo


Montanari

17/03/2025

domingo, 9 de março de 2025

A Filha de Elysium, Silenciada



Elysium" é um termo da mitologia grega que se refere ao paraíso, um lugar de felicidade eterna. 

"Filha de Elysium” mencionada na letra da 9a sinfonia de Beethoven é uma forma poética de dizer que a Alegria vem do paraíso, que é uma dádiva divina.

A escolha desse poema por Beethoven reflete o idealismo da época, com sua crença no progresso da humanidade e na possibilidade de um futuro mais justo e capaz de unir a humanidade, celebrando assim essa Alegria como um ideal a ser alcançado.

Eu sinceramente, muitas vezes, acabo acreditando que o sonho de Beethoven ecoa vazio em nossos tempos sombrios. 

A Alegria, outrora celebrada como dádiva divina, jaz esquecida nas ruínas das aspirações dos detentores de poder.

A humanidade, longe de alcançar o ideal utópico, afunda-se cada vez mais em um abismo de desigualdade e sofrimento.

Guerras intermináveis devastam nações, motivadas por ganância e ódio. Crianças definham de fome enquanto uma elite acumula riquezas obscenas. A injustiça social não é uma anomalia, mas o status quo de nossa era. 

O paraíso prometido de Elysium revela-se um reflexo cruel, fora de alcance.

A Filha de Elysium, se um dia existiu, está morrendo. 

Seu corpo jaz preso sob as cinzas de nossos conflitos, seus gritos de alegria sufocados pelo clamor da guerra e da miséria. O idealismo de Beethoven, belo em sua concepção, prova-se trágico em sua ingenuidade.

Por isso, me afasto das noticias trágicas televisivas, das pessoas que admiram Trump, Elon Musk, Bolsonaro, daqueles que defendem a intervenção militar, fanáticos religiosos…

A humanidade, em sua marcha inexorável, não caminha em direção à luz, mas se afasta dela. A sinfonia da vida, outrora harmoniosa na imaginação do compositor, tornou-se uma cacofonia de lamentos e desespero. 

A Alegria, longe de unir a humanidade, tornou-se um privilégio dos poucos, negada à vasta maioria.

O que posso fazer, nestes anos que vida que ainda me restam, além de ouvir música, caminhar e tentar fazer algum ruído expondo minha visão de mundo?

Montanari 10/03/2025


sexta-feira, 7 de março de 2025

Existir e Viver: Uma Reflexão Profunda sobre a Essência da Vida

A dicotomia entre existir e viver é uma questão fundamental que permeia a experiência humana desde os primórdios da filosofia. Enquanto todos os seres vivos existem, apenas os humanos têm o potencial de transcender a mera existência e alcançar uma vida plena e significativa. Esta distinção crucial entre simplesmente estar no mundo e verdadeiramente vivê-lo merece uma reflexão profunda.


Os animais, em sua simplicidade instintiva, existem. Eles respiram, se alimentam, se reproduzem e seguem os ditames de sua natureza sem questionamentos. Os seres humanos, por outro lado, são dotados de consciência e livre-arbítrio, o que nos confere tanto o privilégio quanto o fardo de escolher como queremos viver. Infelizmente, muitos se contentam com uma existência superficial, sem jamais explorar as profundezas do que significa estar verdadeiramente vivo.


Viver plenamente é um desafio multifacetado que exige um compromisso contínuo com o crescimento pessoal e a autorreflexão. Como Sócrates sabiamente aconselhou, "Conhece-te a ti mesmo" é o primeiro passo nesta jornada. Este autoconhecimento requer coragem para enfrentar nossas verdades internas, nossas sombras e potencialidades, um processo que pode ser doloroso, mas invariavelmente enriquecedor.


A vida plena demanda o cultivo da sensibilidade estética e emocional. É preciso desenvolver a capacidade de perceber e apreciar a beleza que nos cerca, seja na natureza, na arte ou nas relações humanas. A música, que considerado a mais nobre criação do homem, tem o poder de elevar o espírito e conectar-nos com dimensões transcendentes da experiência humana.


Em um mundo cada vez mais complexo e repleto de fake news, viver conscientemente requer o desenvolvimento do pensamento crítico. É necessário resistir ao "efeito manada", questionando crenças arraigadas e examinando cuidadosamente as informações que recebemos. Numa era de desinformação, fanatismo e manipulação midiática, a capacidade de discernir a verdade torna-se uma habilidade essencial para uma vida autêntica.


O amadurecimento interior nos liberta gradualmente da dependência excessiva do mundo exterior. À medida que nos conhecemos melhor e nos tornamos mais seguros de quem somos, diminui a necessidade de validação externa e de preencher vazios emocionais com interações sociais superficiais. Esta autonomia emocional nos permite estabelecer relações mais genuínas e significativas.


Viver plenamente implica reconhecer a vida como um milagre efêmero e precioso. A consciência da finitude da existência nos impele a valorizar o presente, o "aqui e agora", pois é nele que a vida verdadeiramente acontece. Sabendo da não existência de uma vida após a morte, torna-se imperativo criar nosso próprio "paraíso" neste mundo, através de ações éticas e da prática do bem.


Em última análise, a diferença entre existir e viver reside na qualidade da consciência e na profundidade com que nos engajamos com a vida. Viver plenamente é um ato de coragem, um compromisso com o crescimento contínuo e uma abertura para as maravilhas e desafios que a existência nos apresenta. É um convite para transcender o ordinário e explorar as dimensões mais ricas e significativas do ser humano.


Assim, não basta meramente existir. Somos chamados a viver – intensamente, conscientemente e com propósito. Esta é a verdadeira aventura da vida humana, um chamado para realizar nosso potencial mais elevado e deixar uma marca positiva no mundo durante nossa breve passagem por ele.


Montanari 07/03/2025